O Conselho Federal de Medicina (CFM) se posicionou nesta quinta-feira, 4, sobre as medidas adotadas no combate à covid-19 e enfatizou que a vacinação de todos os brasileiros, “no menor espaço de tempo, é o caminho mais seguro de se evitar que o contágio pelo coronavírus continue a causar adoecimento e mortes”. “As vacinas representam a esperança de superação da pandemia e o CFM apoia incondicionalmente que elas sejam disponibilizadas para toda a população”, diz a entidade por meio de nota.

O governo brasileiro tem sido pressionado para ampliar a oferta de imunizantes, após a explosão de novos casos de covid-19. Segundo dados do consórcio de veículos de imprensa, composto por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL, nesta quarta-feira, 3, o Brasil registrou 1.840 mortes em decorrência do novo coronavírus, o quinto recorde consecutivo. Com relação aos imunizados, o número de pessoas vacinadas com a primeira dose contra a covid-19 no Brasil atingiu nesta quarta 7.351.265, o que representa apenas 3,47% da população. Diante do colapso de sistemas de saúde em todo o País, muitos Estados voltaram a adotar medidas restritivas, como fechamento de comércio e escolas.

A CFM afirma que os governos devem considerar que a adoção de restrições de caráter local pode reduzir, momentaneamente, a pressão da demanda sobre o sistema de saúde, numa tentativa de evitar o colapso. Mas faz uma ressalva para que as limitações sejam de curta duração, lembrando que elas podem “gerar consequências graves e de efeito duradouro para a sociedade, como o fechamento de empresas, desemprego e surgimento de doenças mentais em adultos, jovens e crianças”.

“A adoção de medidas restritivas de caráter local deve ser precedida de análise criteriosa de indicadores epidemiológicos, capacidade da rede de atendimento e impactos sociais e econômicos, devendo ser de curta duração e considerar as realidades específicas”, defende a confederação.

A CFM destacou ainda a importância das pessoas continuarem adotando medidas de proteção, como uso da máscara, higienização frequente das mãos, distanciamento social e proteção de olhos e mucosas, e cuidar dos grupos vulneráveis. Segundo a entidade, estas são as medidas reconhecidas, até o momento, “como os meios eficazes de prevenir o aparecimento de novos casos de covid-19”.

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