“É um aplicativo muito útil porque permite que qualquer pessoa identifique corpos celestes sem precisar de mapas ou telescópios” Valério Carruba, astrônomo (Crédito:Divulgação)

O universo na palma das suas mãos. A tecnologia estreitou a relação com a informação nas últimas décadas, possibilitando descobertas inéditas e sanando a curiosidade popular acerca de diversos mistérios, como os da astronomia. É o caso do aplicativo Star Walk 2, ferramenta gratuita no Google Play ou Apple Store que permite a identificação de corpos celestes em tempo real.

Para desbravar a galáxia basta apontar o smartphone para o céu e, por meio da localização sincronizada ao GPS do aparelho, é possível saber a posição de planetas, constelações, estrelas, nebulosas e até satélites ativos e inativos. Além disso, o aplicativo também apresenta dados específicos sobre os astros, coletados por telescópios e aparelhos de órgãos parceiros, como a Agência Espacial Europeia e o Observatório Europeu do Sul.

Ainda que seja uma forma de entretenimento, a ferramenta também dá esperança para quem sonha em explorar a galáxia profissionalmente. Recentemente a agência espacial americana, a NASA, informou um achado sem precedentes liderado por um rapaz de apenas 17 anos. Apaixonado pelo espaço, Wolf Cukier, um jovem norte-americano que fazia parte do time de estagiários, encontrou um planeta em seu terceiro dia de trabalho após analisar gráficos extraídos de aplicativos gratuitos na internet. O feito chamou a atenção dos astrônomos e transformou Wolf em uma nova sensação da ciência mundial.

Acesso a informações

Segundo especialistas em astronomia, os avanços tecnológicos que facilitam o acesso a informações astronômicas servirão de base para conquistas científicas nas próximas décadas, algo que poderá mudar os rumos da história. “O Star Walk 2 é realmente muito útil porque permite que pessoas identifiquem constelações e ampliem a observação do espaço sem precisar de mapas ou telescópios”, diz Valério Carruba, professor no departamento de matemática na Universidade Estadual Paulista (UNESP) e doutor em Astronomia. “Quando eu era adolescente tinha que fazer mapas e estudar muito para conseguir ver alguma coisa, não havia aplicativos avançados como este. Facilita demais a vida de quem está começando na área ou é apenas curioso”.