Uma ONG síria informou nesta sexta-feira (12) que as autoridades curdas no nordeste do país transferiram cerca de 700 iraquianos, vinculados ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI), para o Iraque.

Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), há 620 iraquianos parentes de soldados do EI presos no campo de Al Hol, além de 50 chefes e combatentes do grupo jihadista detidos em uma prisão das Forças Democráticas Sírias (FDS), uma aliança dominada pelos curdos.

Um funcionário da administração autônoma curda instalada no nordeste da Síria informou à AFP que entre os 620 iraquianos, haviam mulheres e crianças. Eles foram liberados do campo na quinta-feira (11).

A operação, coordenada com as autoridades iraquianas, é a quarta do mesmo tipo desde o início do ano. O campo de Al Hol, controlado pelas forças curdas, está a menos de 10 quilômetros da fronteira com o Iraque.

Nos últimos meses, centenas de iraquianos vinculados ao Estado Islâmico saíram do superlotado campo de Al Hol, que segundo a ONU abriga aproximadamente 56 mil pessoas.

As FDS, na linha de frente do combate contra o EI e apoiadas por uma coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, venceram o grupo jihadista em 2019 ao expulsá-lo de sua última fortaleza na Síria.

No fim de 2017, o Iraque proclamou sua vitória contra o grupo Estado Islâmico, neutralizando todos os seus redutos no território do país.