Cerca de 30 mineiros que trabalhavam em condição irregular foram encontrados mortos em uma mina da África do Sul, um mês depois de um possível acidente, na cidade de Welkm, 250 quilômetros ao sul de Joanesburgo, anunciou o governo nesta sexta-feira (23).

Afetada pelo desemprego endêmico, a África do Sul conta com milhares de mineiros ilegais, conhecidos como “zama zamas”, que em zulu significa “os que tentam e continuam tentando”.

Alguns também são procedentes do Lesoto, um pequeno reino encravado em território sul-africano.

Descem as minas abandonadas, geralmente muito lucrativas, e tentam tirar delas o que resta de metais preciosos, pedras ou mesmo carvão.

“Até onde sabemos, pessoas que também seriam mineiros ilegais ajudaram a recuperar pelo menos três corpos, enquanto outros 28 continuam no subsolo”, disse à AFP Ernest Mulibana, porta-voz do Ministério sul-africano de Minas e Energia.

As vítimas teriam morrido em 18 de maio, segundo o ministério, que ainda não determinou as circunstâncias exatas de sua morte. Todos os corpos devem ser levados à superfície, mas a busca está suspensa.

“Atualmente, é arriscado para qualquer pessoa descer na mina por causa do alto nível de metano”, explicou Mulibana.

Outrora explorada por um dos maiores produtores de minérios do país, a Harmony Gold Mining Company, a mina funcionou até a década de 1990.

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