Cerca de 2,5 milhões de refugiados precisarão de reassentamento no próximo ano, número que foi reduzido pelo retorno voluntário de sírios a seu país, informou a ONU nesta terça-feira (24).
Este anúncio é feito no momento em que os Estados Unidos suspenderam seu programa de reassentamento de refugiados em seu território.
O reassentamento é um procedimento específico e raro que envolve a transferência de refugiados de um país considerado de primeiro asilo para outro Estado que concorde em acolhê-los e, eventualmente, conceder-lhes residência permanente.
“Embora o número permaneça alto, as necessidades anuais de reassentamento diminuíram de 2,9 milhões neste ano para 2,5 milhões no próximo, mesmo que o número de refugiados em todo o mundo continue a aumentar”, disse Shabia Mantoo, porta-voz da Agência da ONU para Refugiados (Acnur), durante a apresentação dos dados.
A redução se deve principalmente à evolução da situação na Síria, que permitiram retornos voluntários, segundo um comunicado da Acnur.
Em 2026, os grupos de refugiados que mais precisarão de reassentamento serão afegãos (573.400), sírios (442.400), sul-sudaneses (258.200), sudaneses (246.800), rohingyas (233.300) e congoleses (179.500).
Dado o nível de necessidade e o número limitado de vagas disponíveis para reassentamento de refugiados, a Acnur apela aos Estados com programas de reassentamento para que os mantenham e aumentem a sua capacidade de acolhimento.
Para 2026, a comunidade internacional estabeleceu a meta de reassentar 120.000 refugiados, um número ligeiramente superior aos mais de 116.000 que conseguiram ser reassentados no ano passado.
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