Quase 80 anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial, cerca de 245.000 sobreviventes do Holocausto continuam vivos, espalhados por mais de 90 países, de acordo com um novo estudo demográfico divulgado nesta terça-feira (23).

De acordo com a Claims Conference, organização que reivindica indenizações para sobreviventes do Holocausto, 119.300 deles residem em Israel; 38.400, nos Estados Unidos; 21.900, na França; e 14.200, na Alemanha. Na América do Sul e no Caribe restam cerca de 700 sobreviventes, dos quais 300 no Brasil.

“Quase todos os sobreviventes ainda em vida eram crianças na época da perseguição nazista, sobreviveram a campos, guetos, fugas e à vida na clandestinidade”, descreve o relatório.

Isto apesar de as crianças terem, então, “menos chances de sobreviver”, acrescenta o documento.

Com uma idade média atual de 86 anos, os sobreviventes se encontram “em um período da vida em que sua necessidade de cuidados e serviços é cada vez maior”, disse Gideon Taylor, presidente da Claims Conference.

Este relatório é o mais completo dos últimos anos, segundo a organização.

Fundada em 1951, a Claims Conference foi signatária do chamado Acordo de Luxemburgo, no qual a Alemanha assumiu a responsabilidade pelas atrocidades nazistas e pagou indenizações.

A assinatura do acordo foi vista como seu primeiro grande passo de volta à comunidade das nações após a Segunda Guerra Mundial. Desde então, o governo alemão pagou mais de US$ 90 bilhões (R$ 449,1 bilhões na cotação atual), relatou o grupo.

No total, seis milhões de judeus foram assassinados no Holocausto.

hmn/mfp/meb/zm/tt