CIDADE DO MÉXICO, 27 NOV (ANSA) – A pobreza na América Latina e no Caribe atingiu em 2024 seu menor nível desde o início da série histórica de dados comparáveis, segundo o relatório “Panorama Social” divulgado pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) nesta quinta-feira (27).
A entidade destaca reduções tanto na pobreza monetária quanto na pobreza multidimensional, que considera fatores como acesso a saúde, educação, moradia, emprego e proteção social.
De acordo com o documento, 25,5% da população da região vivia em situação de pobreza monetária em 2024, uma redução de 2,2 pontos percentuais em relação a 2023 e de mais de 7 pontos percentuais desde 2020. Este é o menor índice já registrado pela Cepal.
A pobreza extrema também apresentou melhora, alcançando 9,8% em 2024, queda de 0,7 ponto percentual frente ao ano anterior.
A organização das Nações Unidas aponta ainda que a renda salarial foi o fator que mais influenciou tanto na queda quanto na elevação dos indicadores de pobreza, dependendo do país analisado.
Entre 2014 e 2024, a pobreza multidimensional caiu de 34,4% para 20,9%, embora a trajetória de redução tenha sido temporariamente interrompida em 2020 devido aos impactos da pandemia. O indicador capta as deficiências em habitação, saúde, educação, emprego e previdência.
Apesar dos avanços expressivos, a Cepal alerta que a região continua figurando entre as mais desiguais do mundo. Segundo o relatório, Colômbia, Panamá e Brasil são, respectivamente, os três países com maiores níveis de desigualdade, medidos pelo coeficiente de Gini. Já Argentina, República Dominicana e Uruguai apresentam os menores índices de disparidade. (ANSA).