ROMA, 23 FEV (ANSA) – Os especialistas do Instituto Superior de Saúde (ISS) e do Comitê Técnico-Científico da Itália informaram que acreditam que, até a metade de março, cerca de 30% dos casos de Covid-19 no país serão causados pela variante britânica do coronavírus Sars-CoV-2.   

A informação, segundo fontes do governo, foi repassada nesta terça-feira (23) pelos técnicos ao primeiro-ministro Mario Draghi e demais ministros em uma reunião sobre um novo decreto com normas sanitárias para o combate à pandemia.   

Ainda durante o encontro, o novo premiê solicitou que os especialistas fizessem uma análise das medidas adotadas atualmente e que eles responderam sobre os riscos de novas reaberturas. Nenhuma comunicação oficial foi divulgada sobre a reunião, que demorou cerca de duas horas. Pouco antes do início do encontro, o coordenador do CTS, Agostino Miozzo, afirmou que iria “escutar” o premiê, mas que a postura do grupo é de que é preciso “ficar na linha da prudência”.   

Ainda está prevista para esta quarta-feira (24) a presença do ministro da Saúde, Roberto Speranza, no Senado, a partir das 13h30 (9h30 no horário de Brasília) para apresentar as novas medidas para o combate a crise sanitária. A votação do projeto está prevista para às 17h30 (13h30 em Brasília).   

Draghi vem sofrendo bastante pressão de membros do governo para liberar a abertura de diversos serviços que estão paralisados ou bastante restritos, como no caso de pistas de esqui, estádios e cinemas.   

No entanto, os dois órgãos ligados ao governo italiano mantêm a postura de não autorizar a reabertura total por conta tanto das aglomerações nesses locais como do avanço das novas variantes do Sars-CoV-2, como a britânica, a brasileira e a sul-africana.   

(ANSA).