O CEO do grupo de imprensa britânico Telegraph Media Group, Nick Hugh, deixou o cargo nesta sexta-feira (26), em meio à polêmica sobre a possível compra da empresa por um fundo americano-emiradense, o que preocupa o governo britânico em relação à liberdade de expressão.

“O Telegraph Media Group (TMG) e a sua empresa matriz, Press Acquisitions Limited, anunciam que Nick Hugh deixará hoje (sexta-feira) seu cargo de CEO”, disse a empresa em comunicado.

Hugh, que estava à frente da empresa desde 2017, será substituído por Anna Jones, de 48 anos, a primeira mulher a ocupar este cargo, que se juntou ao grupo “como assessora em janeiro de 2023”, continua o comunicado.

O TMG é um dos grupos de mídia britânicos mais influentes, que inclui o jornal conservador The Telegraph e o semanário The Spectator.

O Executivo britânico anunciou, no final de novembro, que iria analisar o processo de venda, alegando “interesse público”, diante da perspectiva de uma aquisição conjunta do fundo americano Redbird e do fundo de investimento em mídia de Abu Dhabi (IMI).

A ministra da Cultura, Lucy Frazer, já havia manifestado preocupação com os riscos para a liberdade de imprensa de uma aquisição por um fundo dos Emirados, o que levou a uma avaliação da operação pela autoridade da concorrência britânica, a CMA, e pelo regulador dos meios de comunicação, Ofcom.

Ambas as organizações deveriam apresentar seus relatórios à ministra nesta sexta-feira.

Mas a imprensa britânica especulou sobre um adiamento da data depois de a RedBird/IMI ter anunciado esta semana que havia alterado a estrutura da empresa com a qual pretende controlar o The Telegraph.

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