O CEO da Nvidia, Jensen Huang, alertou que a China vai ganhar “a corrida” para desenvolver uma Inteligência Artificial (IA) de próxima geração e pediu a Washington que acelere seus esforços.
O executivo da gigante americana de semicondutores declarou ao jornal Financial Times que os subsídios energéticos concedidos por Pequim estão impulsionando as capacidades chinesas no setor de chips avançados utilizados para alimentar a IA.
“A China vai ganhar a corrida da IA”, afirmou o empresário na quarta-feira em um evento em Londres, segundo o jornal britânico.
“Como venho dizendo há muito tempo, a China está nanossegundos atrás dos Estados Unidos em IA”, acrescentou em um comunicado publicado pela Nvidia na rede social X. “É vital que os Estados Unidos vençam, assumindo a liderança e atraindo desenvolvedores do mundo todo”.
A empresa com sede na Califórnia se tornou na semana passada a primeira do mundo avaliada em 5 trilhões de dólares. Contudo, desde então, sua avaliação na Bolsa recuou para cerca de US$ 4,7 trilhões.
Os chips de alta gama da Nvidia, utilizados para treinar e alimentar sistemas de IA generativa, não são vendidos atualmente na China devido às preocupações de segurança nacional dos Estados Unidos e às proibições impostas por Pequim.
No início da semana, a Casa Branca afirmou que prossegue sem interesse em permitir que a empresa venda seu modelo avançado de chip Blackwell na China.
O governo dos Estados Unidos alega o risco de dar à China uma vantagem militar como motivo para o bloqueio.
Huang solicitou repetidamente a Washington que flexibilizasse as restrições às exportações de chips da Nvidia, alegando que a política apenas ajudará Pequim a avançar em sua própria tecnologia.
O empresário também criticou na quarta-feira as novas normas sobre IA introduzidas por vários estados americanos, comparando-as com a China, onde o Estado subsidia a energia elétrica para alimentar esta tecnologia.
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