O fundador do grupo chinês de telecomunicações Huawei, objeto de sanções americanas, pediu nesta terça-feira (9) à administração de Joe Biden uma “política de abertura” em um encontro com a imprensa, no qual se mostrou confiante a respeito da “sobrevivência”, da empresa.

O governo do ex-presidente Donald Trump colocou a Huawei na lista de empresas que não podem adquirir tecnologias americanas indispensáveis para seus telefones.

“Esperamos que a nova administração tenha (com a Huawei) uma política de abertura que será benéfica para os Estados Unidos”, afirmou Ren Zhengfei, que criou a empresa em 1987.

A Huawei é atualmente um grupo gigante, com presença em todos os continentes.

Presente em 170 países e com 194.000 funcionários, a empresa está no centro da rivalidade China-EUA, com o pano de fundo da guerra comercial e tecnológica, além de suspeitas de espionagem.

A desconfiança com empresa procede, em parte, do passado militar de Ren Zhengfei e sua filiação ao Partido Comunista chinês, o que alimenta as suspeitas sobre a suposta influência do regime no grupo.

Apesar das sanções americanas, o fundador da Huawei afirmou nesta terça-feira que “continua esperando poder comprar grandes volumes de materiais, componentes e equipamentos americanos”.

Ren considera que a “capacidade de sobrevivência de Huawei aumentou”, apesar da pressão de Washington.