Com o fiasco esperado do PT nessas eleições municipais, principalmente nas capitais, o presidente Lula da Silva terá de correr para articular com partidos do Centro seu palanque se quiser se reeleger com alguma chance em 2026.

Ele já sabe disso – é notório que a vitória presidencial em 2022 foi sua, não do PT. Há uma guinada municipal forte para a Centro-direita. Caso queira concorrer com chances, Lula terá de sentar à mesa com os presidentes do MDB, Progressistas, PSD, União e PL, as legendas que mais prefeitos elegeram hoje.

O petista só tem mais abertura de diálogo com o PSD de Gilberto Kassab. Todos os outros partidos, hoje, tendem a fechar com um candidato potencial da direita. A despeito de o União contar com três ministérios no Governo Lula III, o partido tem em seu sangue municipal o DNA do DEM.

Caso se candidate, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Rep), hoje teria mais chances de uma coalizão do que Lula. Só os resultados da gestão no Estado e da economia nacional vão apontar se a disputa será polarizada entre os dois.