As seis maiores centrais sindicais do país participaram nesta segunda-feira de uma reunião com o governador João Doria na sede do governo paulista, no Morumbi. Além do presidente da CSB, Antonio Neto, participaram da conferência Sérgio Nobre (CUT), Miguel Torres (Força Sindical), Ricardo Patah (UGT), Adilson Araújo (CTB) e Nailton de Souza (NCST). O encontro também contou com a participação da secretária estadual de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen.

Os representantes das centrais sindicais iniciaram a reunião prestando solidariedade ao governador e aos seus familiares pelos ataques e ameaças feitos por apoiadores extremistas do presidente Jair Bolsonaro.

Entre os pontos comuns apresentados ao governador Dória, estão a defesa intransigente da vacinação, o apoio estrutural dos sindicatos para a imunização, o apoio político do governador para a aprovação do auxílio emergencial de R$ 600 e o apoio das centrais às medidas de restrição que visam a proteção da vida e da saúde, sobretudo, dos trabalhadores.

Em sua intervenção, o presidente da CSB apresentou propostas para a contenção da pandemia como: a suspensão do rodízio dos automóveis durante as fases mais restritivas, escalonamento de horário dos setores produtivos para desafogar o sistema de transporte público, instalação de dispensadores de álcool em gel ou espuma higienizadora no transporte público estadual, medidas de apoio ao setor artístico, cultural e de eventos, e a criação de um selo de boas práticas, como o criado no estado do Ceará pelo governo Camilo Santana.

“Nós somos adversários políticos, mas não somos inimigos. Todos nós temos dois inimigos que nos unem: o combate ao coronavírus e ao vírus do negacionismo, que é Jair Bolsonaro. Conte com o movimento sindical sempre que a vida e a ciência falarem mais alto”, emendou Antonio Neto.

Neto também defendeu o apoio ao setor de bares, restaurantes e quiosques de praia, além de amparo aos taxistas com a isenção do IPVA 2021.

O governador se mostrou disposto na implantação e discussão das medidas e propôs uma reunião das centrais sindicais com os setores patronais para ainda esta semana, sob coordenação do governo do Estado de São Paulo.