Centenas de pessoas que quebraram na pandemia protestam na Colômbia contra confinamento

Centenas de pessoas que quebraram na pandemia protestam na Colômbia contra confinamento

Centenas de pessoas que se declararam em quebra mobilizaram-se nesta quarta-feira nas principais cidades da Colômbia para protestar contra o novo confinamento imposto por governos locais ante o novo pico da pandemia.

Convocados por sindicatos de comerciantes, artistas e vendedores informais, os manifestantes marcharam antes do toque de reconher noturno em Bogotá, Cali e Medellín. Nessa última cidade, a polícia interveio para evitar o bloqueio de uma avenida.

Autoridades das três cidades mais populosas do país decretaram confinamentos estritos no próximo fim de semana para conter a propagação do novo coronavírus, ante a saturação dos hospitais. Mas os comerciantes alegam que ambas as medidas – toque de recolher e confinamento no fim de semana – aumentam o seu prejuízo, no momento em que ainda não há data para o início da campanha de vacinação.

Após detectar o primeiro caso do novo coronavírus, no começo de março, o governo colombiano impôs um confinamento estrito no fim daquele mesmo mês. Diante da crise econômica, a medida foi relaxada em 1º de setembro, com a aposta em uma estratégia baseada no uso generalizado da máscara e na proibição de grandes eventos. Mas o aumento sustentado do número de casos e mortos nas primeiras semanas de janeiro levou governos locais a decretarem novas interrupções nas atividades.

Com quase 2 milhões de infectados, a Colômbia é o segundo país latino com maior número de casos de Covid-19, atrás do Brasil, e terceiro em número de mortos. O governo distribuiu ajuda financeira a 20% da população. Os subsídios por lar se aproximam de 46 dólares mensais.