Mais de mil cientistas e especialistas americanos denunciaram nesta terça-feira (16) os esforços da Casa Branca para reverter uma decisão fundamental que sustenta a autoridade do governo para regular os gases de efeito estufa.
Sob o atual governo do presidente Donald Trump, a Agência de Proteção Ambiental (EPA, pela sigla em inglês) busca anular sua própria “Determinação de Perigo” de 2009, que reconhece que as emissões que retêm calor no ambiente colocam em risco a saúde e o bem-estar público.
Desde então, esse documento tem servido como base legal para inúmeras regulamentações federais, como as normas sobre emissões.
O chefe da EPA, Lee Zeldin, argumentou que a regulamentação, ratificada pela Suprema Corte, era baseado em um raciocínio equivocado e causava danos econômicos.
Mas cientistas do clima, especialistas em saúde pública e economistas refutaram essa afirmação.
“Podemos atestar as evidências científicas irrefutáveis das mudanças climáticas causadas pela ação humana, seus impactos nocivos na saúde e no bem-estar das pessoas, e o custo devastador que implica”, indicaram em uma carta.
“Essa tentativa explícita de minar ou enfraquecer essas descobertas, bem como as regulamentações fundamentais a elas vinculadas, é contrária à ciência e ao interesse público”, acrescentaram.
A carta, que foi entregue pela União de Cientistas Preocupados, insta o governo “a deixar de desmantelar regulamentações climáticas fundamentais e de evitar a responsabilidade da EPA ao promover desinformação sobre a ciência do clima e seus impactos”.
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