Enquanto o papa Francisco anuncia que vai abrir o sigilo nas investigações dos casos de abuso na Igreja Católica, facilitando que a justiça secular faça seu trabalho, no Brasil há tentativas deslavadas de censura e coação. Denunciada em reportagem de ISTOÉ, o grupo ultraconservador Arautos do Evangelho tenta intimidar ex-integrantes e pais de alunos de seus internatos com ações judiciais. Mesmo sob investigação do Vaticano por práticas “não ortodoxas”, como a realização de cerimônias de votos forçados, exorcismos, alienação parental e assédio sexual, os Arautos insistem em atacar seus denunciantes. Só esquecem que o caso é observado de perto pela Congregação para a Doutrina da Fé, entidade da hierarquia católica encarregada de julgar desvios doutrinários e heresias. A direita católica está na mira do Vaticano.