As informações coletadas pelo Censo Demográfico 2022, e divulgadas nesta sexta-feira, 2, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram que 18 cidades brasileiras têm mais domicílios do que habitantes.

Cada coordenada geográfica registrada pelo Censo corresponde a um endereço visitado pelos agentes responsáveis pelo recenseamento, que pode ser um domicílio ou estabelecimento comercial, religioso, de saúde ou educação, por exemplo.

Ao comparar os dados de população, coletados em 31 de julho de 2022, é possível verificar onde há mais domicílios do que habitantes. A maioria dos casos concentram-se em cidades turísticas como Ilha Comprida (SP), Matinhos (PR), Ilha de Itamaracá (PE), Mangaratiba (RJ) e Saubara (BA).

O estado do Rio Grande do Sul possui 7 dos 18 municípios nessa condição, a maioria no litoral norte. A cidade de Arroio do Sal, por exemplo, tem 1,7 residência por pessoa. Outras cidades gaúchas aparecem no ranking, como Xangri-Lá, Cidreira, Balneário Pinhal e Palmares do Sul.

Lugares onde ninguém mora

Por outro lado, o Censo também mostra que regiões do Norte, especialmente no oeste de Roraima e em grande parte do Amazonas, possuem lugares onde ninguém mora.

Os técnicos do IBGE percorreram todas as regiões do País e entrevistaram cerca de 111,1 milhões de endereços. As informações coletadas auxiliam os profissionais a saberem onde encontra-se a população brasileira para assim embasar políticas públicas para esses locais.

Algumas partes da Serra da Cantareira (SP), não têm nenhum morador, pois são áreas cobertas por florestas ou águas.

Os dados também permitem estabelecer uma relação entre o número de estabelecimentos com o de moradores em determinadas cidades. Por exemplo, em 2023, o município de São José do Ribamar (MA) tinha a menor presença de estabelecimentos de saúde do País (1 endereço do tipo para cada grupo para cada grupo de 3.176 habitantes).

A cidade de Embu das Artes, na Grande São Paulo, vem em seguida, com 1 estabelecimento de saúde para cada 3.020 pessoas. Quando se trata de locais religiosos, o destaque fica para municípios do Rio de Janeiro, como Itaboraí que tem 1 endereço para cada grupo de 157 pessoas.