Cemig espera concluir desinvestimentos na Taesa e em outras empresas ainda em 2022

Cemig espera concluir desinvestimentos na Taesa e em outras empresas ainda em 2022

SÃO PAULO (Reuters) – A Cemig está seguindo com seu plano de desinvestimentos e espera concluir a venda de suas participações na transmissora Taesa e outros ativos ainda neste ano, disseram executivos da companhia nesta quarta-feira.

Em teleconferência de resultados, o CEO da Cemig, Reynaldo Passanezi, ressaltou que a estatal mineira deu importantes passos no ano passado com os desinvestimentos na Light e Renova Energia –esse último ainda está em fases finais de conclusão.

Segundo ele, a Cemig prosseguirá com as vendas da Taesa, bem como da Aliança Energia (joint venture com a Vale), além de participações na Santo Antônio Energia (concessionária da hidrelétrica Santo Antônio) e Norte Energia (concessionária de Belo Monte).

À Reuters, o diretor financeiro da elétrica, Leonardo Magalhães, disse que a intenção é divulgar ao mercado um plano para a alienação das ações na Taesa, assim como foi feito no ano passado, quando a companhia chegou a lançar um processo competitivo.

“Em 2021, lidamos com a CPI da Cemig, nosso foco acabou sendo distribuído em outros assuntos. Mas isso não mudou nosso interesse e compromisso… Queremos ser bastante transparentes nesse processo, dar oportunidade para todos os potenciais interessados.”

Segundo Magalhães, a companhia tem bancos e assessores contratados para auxiliar nesse e em outros desinvestimentos.

Ele avaliou ainda que a geradora renovável Aliança Energia é um ativo que se mostra atrativo ao mercado, uma vez que tem baixo nível de endividamento e geração de caixa elevada.

Já as hidrelétricas de Santo Antônio e Belo Monte envolvem conversas mais complexas –a Cemig busca compradores para sua fatia há anos, mas não conseguiu ainda fechar um acordo em condições atrativas, disse.

ENTRADA DE CAIXA

A administração da Cemig ressaltou que as vendas de participações não estratégicas têm por objetivo a realocação de capital para investimentos no Estado de Minas Gerais.

Segundo o diretor financeiro, a companhia continuará aumentando seus aportes na distribuição de energia, ao mesmo tempo em que pretende crescer em geração renovável e transmissão de energia.

No caso da transmissão, a estatal mineira deve participar do próximo leilão do governo, marcado para meados deste ano. A companhia vai se concentrar em disputar os lotes que envolvem projetos em Minas Gerais, disse Magalhães.

(Por Letícia Fucuchima)

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