Cemig: Ebitda da geração (GT) recua 34,7% no trimestre, para R$ 299 milhões

O braço de geração e transmissão da Cemig, a Cemig GT, anotou no segundo trimestre deste ano um lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) de R$ 299 milhões, queda de 37,7% frente os R$ 458 milhões anotados na mesma etapa do ano passado.

A piora do desempenho reflete o aumento das despesas operacionais, que avançaram 67,5%, para R$ 1,982 bilhão, enquanto a receita líquida (ex-construção) caíram 6,6% no mesmo período.

No trimestre, a empresa Cemig GT observou queda de 9,15% no volume de energia faturada, para 6.864.111 MWh. O consumo dos clientes industriais reduziu 10,92% em decorrência de uma maior sazonalização no início de 2019, alocando menos energia no primeiro semestre e mais energia no segundo semestre do ano. Já no segmento comercial ocorreu elevação de consumo de 27,07%, em decorrência do aumento da migração de clientes do mercado cativo para o livre, com aumento de 118 clientes na carteira da empresa em um ano. Mesmo assim, a companhia anotou um aumento do custo com energia comprada para revenda, de 2,1%.

Adicionalmente, a empresa anotou aumento significativo das provisões operacionais, que passaram de R$ 30 milhões para R$ 713 milhões, refletindo o reconhecimento de perda esperada por redução ao valor recuperável de contas a receber da Renova, na qual detém diretamente 36%, no montante de R$ 688 milhões, como resultado da avaliação do risco de crédito da investida.

O fraco desempenho da Cemig GT foi parcialmente contrabalançado pela boa performance da Cemig D, que apresentou um crescimento de 232,53% em seu Ebitda, para R$ 1,237 bilhão, muito em função de créditos de PIS/Pasep e Confins, com efeito de R$ 1,01 bilhão na receita.

No consolidado, a Cemig anotou queda de 34,7% no Ebitda na comparação entre segundo trimestres, para R$ 299 milhões.