A família da empresária palmeirense Érica Fernandes Ceschini, morta pelo marido corintiano, Leonardo Ceschini, no último domingo (31), diz que o celular da vítima está em posse da advogada Alessandra Martins Cordeiro, que defende o suspeito pelo crime. As informações são do UOL.
Leonardo foi preso em flagrante após confessar ter assassinado a facadas a mulher, mãe dos dois filhos gêmeos do casal, de 2 anos, segundo a Polícia Militar.
O UOL teve acesso ao Boletim de Ocorrência e o motivo da morte foi uma discussão sobre futebol, após os dois voltarem de uma comemoração pelo título do Palmeiras da Taça Libertadores da América no sábado (30).
Segundo a reportagem, as fotos realizadas pela perícia da Polícia Civil mostram o celular ao lado do corpo de Érica, na cozinha do apartamento onde eles moravam, no bairro São Domingos, na zona norte de São Paulo.
O UOL entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e a SSP respondeu que não tinha nada a acrescentar à nota oficial enviada à imprensa na segunda-feira (1º), no entanto ela não trata em nenhum momento sobre a perícia. Ainda de acordo com o UOL, o Boletim de Ocorrência trata o caso como homicídio qualificado, sem citar o termo feminicídio.
O advogado da vítima, Epaminondas Gomes, disse que se surpreendeu ao saber que o celular não foi periciado, e que a advogada de defesa teria levado o aparelho da cena do crime.
“Causa, no mínimo, estranheza que o celular não tenha sido recolhido pela polícia, quando foi realizada a perícia na cena do crime. As fotos mostram, categoricamente, o celular ao lado do corpo. Mas prefiro não criar juízo de valor, até porque ainda não consegui conversar com o delegado responsável pelo caso”, disse Gomes o UOL.