Sete dias após o sequestro, o exército israelense avisou a família de Celeste Fishbein que o último sinal de seu aparelho celular foi localizado na Faixa de Gaza. A jovem de 18 anos que trabalhava como cuidadora de crianças e é filha de brasileiros, foi raptada pelo Hamas no dia 7 de outubro, dentro de sua casa, na comunidade agrícola de Kibutz Be’eri, que fica a apenas quatro quilômetros de Gaza. As informações são do “Fantástico”.
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Resumo:
- O local onde Celeste Fishbein morava foi invadido por integrantes do Hamas durante a manhã do dia 7 e ela teria sido sequestrada em sua casa;
- Parentes da vítima estavam na casa da avó dela, a apenas 500 metros de sua residência, onde passaram 20 horas dentro de um abrigo;
- Autoridades israelenses passaram a informação de que o último sinal do telefone celular da jovem foi localizado na Faixa de Gaza;
- Familiares explicaram ao programa que a situação é “insuportável” e esperam que a jovem volte para casa e esteja bem.
Imagens revelaram o momento em que integrantes do grupo extremista invadem a cidade e praticam atos de violência contra seus moradores. Celeste estava em sua residência acompanhada pelo seu namorado quando tudo aconteceu. Alguns outros membros da família permaneciam na casa da avó, que fica a apenas 500 metros de distância do imóvel.
Os alarmes de Kibutz Be’eri começaram a soar por volta das seis da manhã (no horário local) do dia 7, momento em que os familiares que estavam na casa da avó de Celeste, sendo eles o irmão dela, a mãe, a avó e uma cuidadora, se esconderam em um abrigo, onde passaram 20 horas até serem resgatados. Mensagens trocadas entre os parentes mostram o momento de tensão que estava sendo vivido por eles. “Por favor, fiquem em silêncio e verifiquem se está tudo fechado”, escreveu Celeste.
Em entrevista ao “Fantástico”, o tio de Celeste, Mario Fishbein, explicou que a família recebeu as primeiras notícias da vítima pelo exército israelense. “Sabemos que o telefone dela está lá em Gaza. Não localizaram o telefone em si, identificaram o último sinal do aparelho. Mas isso não quer dizer nada, o celular pode estar em um lado e ela em outro.”
Mario Fishbein ainda disse que quanto mais o tempo passa, mais desesperados os familiares acabam ficando. “Eles (autoridades israelenses) não passam nenhuma informação”. Na quarta-feira, 11, a mãe de Celeste deu uma amostra de DNA da vítima para os especialistas, no intuito de que fosse verificado se ela está entre os mortos no ataque, mas após a avaliação, foi constatado que a jovem teria sido sequestrada pelo Hamas.
Também em contato com o “Fantástico”, Gladys Fishbein, a mãe de Celeste, descreveu a situação como “insuportável” e disse que não sabe onde a filha está. “Eu não sei a condição dela, não sei o que ela está sentindo […] é difícil de continuar a vida”. Gladys disse que espera que a jovem esteja bem. “Eu acredito que ela está lá e que ela vai voltar para casa.”
Postura de Israel
No sábado, 14, em Tel Aviv, várias famílias protestaram exibindo fotos e nomes das pessoas que foram sequestradas pelo grupo extremista da Palestina. Segundo o próprio Hamas, 22 reféns teriam sido mortos em ataques conduzidos pelo governo Israel contra Gaza, mas não existem provas de que isso tenha acontecido.