A Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) recebeu neste domingo, 19, a última parte do sistema que será usado para aplicação do carvão na Estação de Tratamento do Guandu, assim como o carregamento de carvão que será utilizado para tentar reduzir o cheiro e o gosto ruim que vêm sendo observados em alguns bairros da cidade do Rio de Janeiro na água distribuída pela estatal nos últimos 15 dias.

“O maquinário foi feito sob encomenda para atender à demanda da Cedae devido ao porte necessário para a ETA Guandu. O sistema já está sendo montado. O início da utilização do carvão ocorrerá durante esta semana”, informou a Cedae em nota, sem saber informar quando a qualidade da água será normalizada.

O sistema começou a ser montado no sábado e serve para pulverizar o carvão ativado na água tratada retirando assim a geosmina, uma enzima liberada por microalgas que segundo a empresa é responsável pela alteração na água que vem trazendo transtorno aos consumidores, com relatos de náuseas e vômitos de clientes ao longo das últimas duas semanas.

A crise do abastecimento de água no Rio já provocou a demissão de dois executivos da cúpula da empresa. As reclamações e os relatos de pessoas que teriam passado mal após ingerir a água levaram o Ministério Público a determinar a coleta de amostras de água na última segunda-feira. Na sexta-feira, o MPRJ entrou na Justiça para obrigar a Cedae a divulgar os laudos que atestam a qualidade da água fornecida ao consumidor.


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