Resumo:

  • Perícia Forense do Estado do Ceará concluiu que houve feminicídio seguido de suicídio no caso da vereadora Yanny Brena Alencar e de seu namorado Rickson Pinto Lucena.
  • Os corpos de Yanny e Rickson apresentavam outras lesões, que eram compatíveis com luta corporal.
  • Rickson tentou forjar o suicídio da namorada antes de tirar a própria vida.
  • A parlamentar teria terminado o relacionamento um dia antes do crime, e pessoas próximas afirmaram que ela estava cansada de pagar as despesas do namorado.

A Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), por meio da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), informou na quinta-feira (23) que Rickson Pinto Lucena, de 27 anos, tentou forjar o suicídio da namorada, a vereadora Yanny Brena Alencar (PL), 26, antes de tirar a própria vida. No dia 3 de março, os corpos dos dois foram encontrados na casa da parlamentar, localizada em Juazeiro do Norte (CE).

O laudo pericial anterior apontou que a causa das duas mortes foi asfixia. Na última versão apresentada, a perícia concluiu que houve feminicídio seguido de suicídio. Os corpos de Rickson e Yanny apresentavam outras lesões, que eram compatíveis com luta corporal antes da morte. “Embaixo das unhas de Yanny havia material genético de Rickson. Assim como embaixo das unhas dele havia material genético dela”, informou.

Ainda de acordo com o laudo pericial, a parlamentar recebeu um golpe conhecido como “mata leão” e ficou inconsciente. Nesse momento, Rickson arrastou o corpo dela até a sala de estar do imóvel e tentou forjar o suicídio. Depois, ele tirou a própria vida.

“Os vestígios apontam que não havia sinais de arrombamento na residência que indicasse a presença de uma terceira pessoa no local”, acrescentou.

Conforme as investigações, Yanny morreu por volta de meia-noite do dia 3 de março. Já Rickson faleceu entre 4 e 8 horas do mesmo dia.

Relembre o caso

Yanna Brena era médica e atuava como presidente da Câmara de Vereadores de Juazeiro do Norte. Já Rickson Pinto se intitulava como atleta de vaquejada, mas não possuía uma ocupação fixa. O casal estava junto desde 2020.

Pessoas próximas da parlamentar afirmaram que ela não queria continuar pagando as despesas do namorado. A parlamentar teria terminado o relacionamento um dia antes do crime.

Rickson tinha uma filha, fruto de um relacionamento anterior, e já havia sido preso por porte ilegal de arma de fogo.

Após a apresentação final do laudo pericial, a Polícia Civil do Ceará concluiu o inquérito sobre o caso.