14/12/2023 - 11:26
Diversas mulheres teriam sido gravadas por uma dona de clínica estética localizada em Fortaleza (CE), enquanto estavam nuas nos procedimentos conduzidos pelo estabelecimento. Val Silveira teve a conta do Instagram hackeada e na segunda-feira, 11, o invasor divulgou os vídeos que a mulher gravava das pacientes no perfil do empreendimento, na intenção de expor a situação.
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Entenda o caso:
- Na segunda-feira, 11, um hacker publicou as imagens que foram gravadas sem o consentimento das vítimas, revelando um esquema conduzido por Val Silveira, a dona da clínica;
- O conteúdo postado pelo invasor continha tarjas pretas que cobriam o corpo das mulheres e, de acordo com o indivíduo, mais de uma cliente teria sofrido tais violações;
- Em contato com a IstoÉ, a SSP-CE (Secretaria de Segurança Pública do Ceará) relatou que dois boletins de ocorrência foram registrados, um por parte das vítimas, de violência contra a dignidade sexual, e outro pela acusada, relativo à invasão do perfil no Instagram;
- Val Silveira alegou para as clientes que era extorquida por um criminoso para gravar as imagens. As autoridades ainda conduzem investigações.
Uma das vítimas, a empresária Beth Campêlo, realizou uma série de postagens nas redes sociais contando a situação, e dizendo que até mesmo os filhos da dona da clínica eram filmados nus pela acusada. “Fazia tratamento com ela (Val Silveira) há quatro anos. Ela estava simplesmente gravando eu, e diversas outras mulheres. Até agora achamos que seja com o intuito de vender na internet”, relatou a cliente.
A empresária explica que os vídeos eram gravados quando as clientes tiravam a roupa, mas acreditavam que a dona da clínica estava conversando ou fazendo outras atividades no aparelho celular. “Ela (Val Silveira) criou um grupo, colocou eu e outras vítimas. O nome era ‘vou provar que sou inocente’. Ela fez um boletim de ocorrência com uma história totalmente fantasiosa.”
Segundo Beth Campêlo, a acusada declarou que se relacionava com um homem na internet que teria a sequestrado e instalado um aplicativo no celular, garantindo um acesso à câmera do aparelho durante 24 horas. “Tinham vídeos dos filhos dela. Ela pede para a criança ficar pelada, que pede ‘mamãe, não grava’, aí ela mostra. Não vou deixar isso passar, não é mais sobre mim”, desabafou a vítima.
A cliente explica que o procedimento era um momento para relaxar, e que nunca imaginaria uma filmagem ser produzida no local sem o consentimento. “Ela fingia que estava mandando áudio, não tinha como a gente saber que ela estava nos gravando”. Beth questionou o hacker, que avaliou tudo falado por Val Silveira como mentira, dizendo que se tratava de uma “armação”.
A irmã da dona da clínica teria ido até Beth Campêlo e a chamado de “vagabunda safada”, e afirmando que a empresária fazia as publicações relativas ao ocorrido para ganhar mídia. Outra mulher declarou à vítima que tomou coragem para fazer uma denúncia devido às postagens.