05/09/2024 - 11:29
Os dois maiores treinadores da história do vôlei brasileiro vão seguir no comando das seleções para o novo ciclo olímpico. Nesta quinta-feira, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) confirmou as permanências de José Roberto Guimarães à frente da equipe feminina e Bernardinho, no comando do time masculino.
Os dois técnicos vão continuar acumulando as funções de coordenadores técnicos de ambas as seleções. “Nos reunimos com Zé Roberto, Bernardinho e Brachola para externar nosso interesse na continuidade do trabalho deles como coordenadores das seleções de quadra e praia. A integração entre as equipes adultas e de base é um pilar fundamental do nosso olhar para 2028 e 2032. Os três deram respostas positivas, o que nos deixa muito felizes e confiantes no projeto que temos. São três campeões olímpicos e profissionais dos mais respeitados dentro e fora do Brasil”, afirmou Radamés Lattari, atual presidente da CBV.
Zé Roberto e Bernardinho são campeões olímpicos e mundiais como treinadores das seleções. O primeiro comandou tanto o time masculino quanto o feminino nas conquistas de três medalhas de ouro em Olimpíadas. Bernardinho se sagrou bicampeão olímpico à frente da equipe masculina.
O ouro, contudo, não veio nos últimos dois ciclos olímpicos, tanto no feminino quanto no masculino. Com Zé Roberto, a equipe feminina foi bronze em Paris-2024 e prata em Tóquio, em 2021. O time masculino não sobe ao pódio desde o ouro no Rio-2016. Foi quarto colocado na Olimpíada disputada no Japão e oitavo na capital francesa, no mês passado.
Visando a reação das seleções em âmbito mundial, os dois treinadores vão seguir com os cargos de coordenadores técnicos, função criada pela CBV no ano passado. Na prática, Bernardinho e Zé Roberto vão integrar as equipes de base com as seleções adultas, projetando dois ciclos olímpicos futuros.
“Fiquei feliz com o convite da CBV para continuar o trabalho como coordenador das seleções masculinas e técnico da equipe adulta. Temos jovens jogadores de muito talento e essa integração entre a seleção adulta e a de base é fundamental para os resultados que queremos atingir. Este ano, retomamos o projeto da seleção masculina de novos, com o objetivo de dar experiência e rodagem a jogadores mais jovens. O equilíbrio hoje no vôlei é real. Precisamos trabalhar para avançar e criar diferenciais em relação a outras equipes”, comentou Bernardinho.
Zé Roberto projetou reforçar o trabalho técnico nas equipes de base. “Estou muito motivado e confiante para este novo ciclo olímpico. Temos uma geração alta, talentosa e que vai trabalhar bastante para conseguir os resultados. A minha relação com a base é forte e vamos buscar uma formação técnica com ainda mais qualidade nos fundamentos”, comentou. “O voleibol está muito equilibrado, mas temos material humano para seguirmos entre os melhores do mundo.”
No vôlei de praia, que voltou a brilhar em Olimpíada em Paris, a CBV confirmou a permanência de Leandro Brachola como coordenador técnico. Na capital francesa, ele participou da conquista da medalha de ouro por Duda e Ana Patrícia.
“O último ciclo foi positivo e o ouro da Duda e da Ana Patrícia coroou esse trabalho. Desenvolvemos um trabalho em parceria com as comissões técnicas das duplas, visando resultados expressivos. Na base, realizamos frequentemente camps de treinamento, que incluem desenvolvimento da metodologia de treinamento, incremento da preparação física, e apoio ao trabalho das comissões técnicas. Estaremos próximos do adulto e da base, dando sequência ao trabalho com foco nas principais competições.”