CBOT: grãos devem abrir em alta com sinais de melhora nas relações EUA/China

São Paulo, 28/12 – Os contratos futuros de grãos tendem a começar a sessão desta sexta-feira, 28, no campo positivo, na Bolsa de Chicago (CBOT). O mercado precifica o otimismo vindo da sinalização de melhora nas relações entre Estados Unidos e China. Mais cedo, o Departamento de Alfândega chinês anunciou a permissão de importações de arroz norte-americano, algo que só foi possível devido à trégua de 90 dias na guerra comercial entre os dois países.

Na quinta-feira, 27, o Ministério de Comércio do país asiático destacou que os dois lados estão se preparando para uma negociação “cara a cara” em janeiro, o que fortalece especulações positivas para as commodities na CBOT.

Traders aguardam a divulgação do relatório semanal de exportações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), prevista para ser feita nesta sexta e que ainda não aconteceu devido à paralisação do governo federal dos EUA.

Especificamente na soja, segue a expectativa de confirmação do rumor de que algum volume tenha sigo comercializado para a China.

No milho, a perspectiva é positiva em reflexo ao movimento da oleaginosa. De acordo com dados da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC), fundos elevaram em quase 40% suas apostas na alta das cotações do grão na semana encerrada em 18 de dezembro e, nesta sexta-feira, a divulgação dos dados atualizados do CFTC podem contribuir para a formação de posições que será adotada na semana que vem.

O cereal ainda pode sentir uma influência altista proveniente das negociações no mercado de petróleo. Nos Estados Unidos, o etanol consome cerca de 30% da safra de milho e os preços do biocombustível têm correlação com as cotações do combustível fóssil.

O trigo conta com baixo volume de negócios e poucas notícias capazes de gerar precificação mais relevante para os contratos. O cereal tem acompanhado fatores externos como o câmbio e a aversão ao risco.

No overnight, o vencimento março da soja subiu 4,25 cents (0,48%), a US$ 8,8675 por bushel. O milho para março ganhou 1,25 cent (0,33%), a US$ 3,7575 por bushel, enquanto igual vencimento do trigo avançou 2,50 cents (0,49%), a US$ 5,1300 por bushel. (Com informações da Dow Jones Newswires).