A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) planeja inaugurar, em 2025, uma nova planta industrial para produção de óxidos mistos de nióbio destinados a baterias. Localizada em Araxá (MG), a unidade terá capacidade de mil toneladas por ano e utilizará tecnologia desenvolvida em parceria com a Toshiba Corporation. “Em breve, a gente deve ter o anúncio da planta industrial com a tecnologia da Toshiba, que é uma tecnologia similar à XNO, mas é uma outra tecnologia”, afirmou Rogério Ribas, gerente-executivo do programa de baterias da CBMM.

A nova instalação faz parte de um amplo programa de diversificação da empresa, que busca expandir o uso do nióbio além do aço, abrangendo segmentos como baterias, indústria óptica e aeroespacial. “Se o programa de tecnologia for entregando, a próxima etapa é exatamente a capacidade de crescer o mercado, parcerias estratégicas”, completou Ribas. Atualmente, os produtos fora do aço representam 25% da receita da CBMM, com previsão de ultrapassar 30% até 2027, segundo o diretor-executivo Ricardo Lima.

A CBMM tem investido fortemente em inovação, com aportes de R$ 250 milhões neste ano e previsão de até R$ 300 milhões para 2025. “Não temos um limite do quanto vamos colocar de recursos em programas de desenvolvimento. À medida que temos um bom projeto, mesmo que esteja pouco acima do previsto, nós apostamos, porque é isso que vai construir o futuro da companhia”, disse Lima. Nos últimos anos, a empresa destinou R$ 100 milhões para novas tecnologias, incluindo ânodos de óxidos mistos de nióbio e titânio para baterias de veículos elétricos.

A parceria com a Toshiba, formalizada em 2018, já resultou em aplicações práticas, como testes de baterias em ônibus elétricos da Volkswagen Caminhões e Ônibus. “Estamos buscando cada vez mais diversificar o mercado, para que a gente possa ter aplicação de nióbio crescente em aplicações em todo o mundo”, concluiu Lima. A CBMM pretende manter sua liderança no mercado global de nióbio, ampliando o volume de vendas e consolidando sua presença em mercados estratégicos e sustentáveis.

Com informações do Diário do Comércio e Notícias de Mineração