As autoridades do Cazaquistão anunciaram nesta terça-feira (2) que retiraram cerca de 16 mil pessoas de áreas de riscos devido a inundações, as mais graves em três décadas neste país da Ásia Central.

“As operações de resgate continuam. Cerca de 16 mil pessoas – das quais 6 mil são crianças – já foram retiradas”, declarou o Ministério de Situações de Emergência no Telegram.

Segundo esta fonte, a situação continua “complicada” em cinco regiões do norte e do leste, que fazem fronteira com a Rússia, e “as conexões rodoviárias com cinquenta localidades estão cortadas”.

As inundações continuarão esta semana devido ao derretimento da neve nas estepes, segundo o serviço meteorológico cazaque Kazgydromet.

Na segunda-feira, o presidente Kassym Jomart Tokaiev repreendeu duramente as autoridades locais pela falta de preparação para estas inundações sem precedentes desde a independência da União Soviética.

“A magnitude das inundações supera as de 2012 e 2017, consideradas as mais significativas em 30 anos. Não houve preparação devido à falta de especialistas e as consequências poderiam ter sido menores se os líderes locais tivessem realizado os exercícios de combate às inundações previstas”, criticou.

O primeiro-ministro Oljas Bektenov declarou na terça-feira que “as inundações estão ocorrendo em áreas nunca antes afetadas”.

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