Duas irmãs sauditas, que tiveram seus corpos achados em outubro em um rio em Nova York, cometeram suicídio – concluíram as autoridades forenses da cidade, pondo fim a especulações sobre as causas da morte.

Rotana Farea, de 22 anos, e sua irmã Tala, de 16, foram achadas em 24 de outubro em uma das margens do rio Hudson, na altura de Manhattan, sem sinais visíveis de agressão, usando o traje muçulmano completo e casaco de pele.

Estavam unidas uma à outra pelos tornozelos e pela cintura com uma fita isolante.

Barbara Sampson, do Instituto Médico Legal de Nova York, afirmou na terça-feira que, segundo os exames, “as duas jovens se amarraram uma à outra antes de se jogarem no rio Hudson”.

A causa da morte foi, de acordo com os legistas, um ato de suicídio.

Uma fonte policial confirmou que as irmãs haviam solicitado asilo nos Estados Unidos, mas não deu detalhes sobre o caso.

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Segundo rumores, a embaixada da Arábia Saudita havia ameaçado as duas, inclusive sua família, por terem pedido asilo. As meninas estariam aterrorizadas.

Fatimah Baeshen, porta-voz da embaixada saudita em Washington, descartou esta versão, classificando-a de “totalmente falsa”.

As irmãs fugiram várias vezes da casa de sua família, no estado da Virgínia e, em agosto, foram para Nova York. Lá, hospedaram-se em vários hotéis de luxo e fizeram várias compras, ultrapassando o limite de seu cartão de crédito.

Segundo a imprensa americana, as duas preferiam cometer suicídio a voltar para seu país de origem.

A Arábia Saudita é um dos países mais rígidos e restritos para as mulheres.

No início do mês, a adolescente Rahaf Mohamed fugiu do reino alegando abusos físicos e psicológicos por parte de sua família e encontrou asilo no Canadá.


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