Cauby Peixoto deixou um disco pronto, que só precisa ser finalizado em estúdio. Seguindo as homenagens que adorava fazer, na linha de Cauby Interpreta Roberto, de 2009; Cauby Canta Baden, de 2006; Cauby cCnta Sinatra, de 1995; e, mais recente, Cauby Sings Nat King Cole, de 2015; seu tributo da vez seria a obra do pianista e cantor pré-bossa-novista Dick Farney (1921-1987).

Farney foi um de seus primeiros ídolos, conforme Cauby contou ao programa Musicograma, do Canal Brasil, em 2011. “Nós cantores sempre gostamos de imitar nossos ídolos. Quem me pintou primeiro no ouvido foi Orlando Silva. Eu queria ser o Orlando Silva de qualquer maneira, eu cantava sempre mais alto. Depois veio Farney. O Moacir (Franco) chegou para mim e falou: ‘Olha você tem que cantar o repertório do Dick Farney’”.

Um show marcado para a Virada Cultural no sábado, 21, teria, entre 22h30 e 23h50, no Sesc Santo Amaro, Cauby e Angela Maria. A apresentação foi mantida, com Angela ao lado da cantora Vania Bastos, mulher do violonista Ronaldo Rayol (que acompanhava Angela e Cauby).

Marca registrada. As roupas alinhadas eram uma marca e uma filosofia. Elis Regina, por quem Cauby alimentou uma paixão indefinível e com quem o cantor pediu para viver junto, se orgulhava de não sustentar a imagem mais fashion do show biz. Um dia, andando pelas ruas do Rio de camiseta e chinelo Havaianas, cruzou com Cauby e levou uma bronca. “Elis, não é por você que precisa andar bem arrumada. Faça isso pelos fãs.”

O cantor leva consigo também a geração de artistas que alimentavam e se alimentavam de fãs mediando a relação com respeito. Foi em nome deles que decidiu trocar seus dentes por próteses que harmonizassem melhor seus traços e a, mesmo não sendo careca, usar peruca todos os dias de sua vida.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.