ROMA, 19 AGO (ANSA) – Os católicos italianos querem que a Igreja esteja mais atenta e acolha mais as pessoas da comunidade LGBTQIA+, seus familiares bem como os jovens e as mulheres. Esse é o principal destaque da síntese do documento nacional da fase diocesana do Sínodo dos Bispos 2021-2023 divulgada pela Conferência Episcopal Italiana (CEI).   

As sugestões e os apontamentos dos italianos já foram enviados para a Secretaria Geral do Sínodo no Vaticano. Segundo o trecho divulgado, “tantas são as diferenças que hoje pedem” um acolhimento mais intenso.   

“As geracionais (os jovens que se dizem julgados, pouco compreendidos, pouco acolhidos por suas ideias e pouco livre de poder exprimi-las; os idosos a serem protegidos e valorizados); as geradas por histórias feridas (as pessoas separadas, divorciadas, vítimas de escândalos, presas); as de gênero (as mulheres e a sua valorização nos processos de tomada de decisão) e as de orientação sexual (as pessoas LGBTQIA+ com seus pais); as culturais (por exemplo, ligadas aos fenômenos migratórios, internos e internacionais); e as sociais (desigualdades, atingidas pela pandemia; com deficiências e marginalizadas”.   

O documento divulgado pela CEI ainda mostra que os italianos ressaltam que essa “consulta sinodal põem luz na importância de viver na pluralidade das situações de vida e das condições que convivem em cada território”. Por isso, é preciso reconhecer que “as pessoas constituem a verdadeira riqueza da comunidade, cada uma com seu valor único e infinito”.   

A consulta aos fiéis nas dioceses de todo o mundo, iniciada no ano passado, foi mais uma das revoluções feitas pelo papa Francisco para a próxima edição da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos. O encontro foi dividido em três fases, para permitir que sejam ouvidos tanto os fiéis, como os membros religiosos e a igreja como um todo.   

Conforme o cronograma do Vaticano, o documento final de trabalho para debate dos bispos será apresentado durante o Sínodo em si, em outubro de 2023. (ANSA).   

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