Enquanto os brasileiros sofrem com a falta de vacina, com a crise na economia que aumenta o número de desempregados e de pessoas que passam fome, o presidente Jair Bolsonaro, acompanhado da família e de amigos, resolve decretar para si próprio feriado de carnaval. Eles curtiram adoidados nas praias do litoral catarinense
O Centrão, turbinado por Bolsonaro, e um empresário apoiador do governo tentam escantear a Anvisa para liberar a Sputnik V sem a necessidade de testes no País. A “vacina do Bolsonaro” pode beneficiar politicamente o presidente. E a União Química, mesmo sem fabricar imunizantes nem ter ainda os equipamentos apropriados, pode se tornar a maior farmacêutica do Brasil.
O descalabro na gestão da pandemia piorou a imagem do País, que já tinha sido abalada com o desastre ambiental na Amazônia e no Pantanal. O negacionismo e os ataques à democracia de Jair Bolsonaro fizeram o Brasil perder influência nos fóruns internacionais e afeta os brasileiros, que são barrados em várias partes do planeta
Afundado em acusações de corrupção, o líder do Centrão, Arthur Lira, vem adquirindo apoios e pode conquistar a presidência da Câmara no dia 1º de fevereiro. Não conseguiu isso sozinho. Jair Bolsonaro joga todo o peso da máquina pública para ajudá-lo. Oferece cargos, patrocina emendas milionárias e interfere abertamente no Congresso. O toma lá dá cá fez Lira ser o favorito.
João Doria enfrentou a sabotagem do governo Bolsonaro para viabilizar a vacina que mudou a história da pandemia no Brasil. As cenas emocionantes do dia 17 foram possíveis após um esforço que começou em 2019, quando o governador de São Paulo abriu uma representação comercial em Xangai. Depois de meses de luta, o Instituto Butantan já distribui o imunizante. A ciência triunfou e os farsantes serão julgados pela história.
O governo dá seguidas mostras de falta de compaixão e de responsabilidade. As mortes se acumulam e já chegam perto de 210 mil no País, mas o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, continuam brincando com a vida das pessoas e boicotando a vacina Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan. Todos os passos do governo são para trás e as manobras de Pazuello visam, até agora, retardar o processo e tentam dinamitar a promissora iniciativa do estado de São Paulo. Essa política destrutiva já inibiu várias medidas que poderiam minimizar o sofrimento da população e agora ganha um novo ingrediente: a conversão da campanha de vacinação nacional em uma jogada de marketing. Desesperado e confuso, Pazuello montou uma encenação para importar a vacina da AstraZeneca/Oxford da Índia e começar um atabalhoado plano de vacinação ainda nesta semana. Em vez de salvar vidas, Pazuello esteve em Manaus na última terça-feira, para obrigar os médicos locais a receitarem a cloroquina. O principal disparate que o ministro disse, em tom militar, é que a vacinação será iniciada no “Dia D, na hora H”.
Enquanto outros países avançam com planos nacionais de vacinação, o governo brasileiro se mostra irresponsável e inoperante e não consegue definir uma estratégia de combate ao coronavírus. Diante da paralisia federal, o governador de São Paulo, João Doria, lançou um programa estadual de imunização que começa dia 25 de janeiro e deve beneficiar 9 milhões de pessoas. Governadores de todo o País cobram uma atitude do Ministério da Saúde e da Anvisa para começar a proteger a população em curto prazo e salvar mais vidas.
Enquanto outros países avançam com planos nacionais de vacinação, o governo brasileiro se mostra irresponsável e inoperante e não consegue definir uma estratégia de combate ao coronavírus. Diante da paralisia federal, o governador de São Paulo, João Doria, lançou um programa estadual de imunização que começa dia 25 de janeiro e deve beneficiar 9 milhões de pessoas. Governadores de todo o País cobram uma atitude do Ministério da Saúde e da Anvisa para começar a proteger a população em curto prazo e salvar mais vidas.
Em vários países com governos e líderes conscientes dos efeitos devastadores da Covid-19 há um esforço concentrado para iniciar a imunização ainda em dezembro ou na primeira quinzena de janeiro. Na Inglaterra, a campanha já começou e 800 mil pessoas receberão a primeira dose da vacina da Pfizer nas próximas semanas. Na Rússia, o governo iniciou a aplicação da Sputnik V. Num cenário tenebroso, com a segunda onda da doença atingindo a Europa e o número de mortos subindo rápido, a chegada de um antídoto contra o coronavírus traz otimismo e segurança para uma população rendida a um micróbio letal.
Como a morte de João Alberto Silveira Freitas mostra, mais uma vez, que a cordialidade brasileira não passa de uma fraude e que o preconceito racial é o elemento articulador das relações sociais no País, tentando colocar os negros numa permanente condição de dor e inferioridade. Isso precisa mudar
Flávio Bolsonaro era o chefe de uma organização criminosa que praticou lavagem de dinheiro, peculato e apropriação indébita, segundo denúncia do MP-RJ. O esquema desviou R$ 6 milhões. O uso suspeito de dinheiro vivo é frequente na família do presidente desde os anos 1990. Para proteger o clã, o mandatário interfere em órgãos de Estado e tenta desarmar o combate à corrupção.
O presidente Jair Bolsonaro pretende amedrontar a população, tumultuar a mente das pessoas e promover o caos na sociedade. A intenção clara por trás de seus comentários sobre a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de suspender os testes da Coronavac, terça-feira 11, foi sabotar a luta do povo e dos cientistas brasileiros contra a pandemia e interromper um processo virtuoso de desenvolvimento de vacinas que podem diminuir em breve a letalidade do coronavírus e salvar a vida de milhares ou milhões de pessoas. Com sua atitude destrutiva, o presidente demonstrou que torce contra a saúde dos brasileiros e sua perseguição à Coronavac eliminou qualquer dúvida de aparelhamento da Anvisa para atuar em sintonia com seus interesses obscuros e deturpar a pesquisa científica.
Poucas vezes as eleições americanas foram tão importantes para determinar o futuro do planeta. A virtual vitória do democrata Joe Biden representa uma derrota do retrocesso civilizatório imposto por Donald Trump, apesar da guerra judicial lançada pelo republicano contra os resultados.