PARIS (Reuters) – O presidente da França, Emmanuel Macron, elogiou nesta quinta-feira os esforços penosos de reconstrução da Notre-Dame de Paris, dois anos depois de chamas terem irrompido no sótão de séculos da catedral e feito seu pináculo despencar abóbadas abaixo.
Nas horas seguintes ao incêndio, Macron disse a uma nação abalada que a catedral do século 12 seria restaurada, e mais tarde prometeu reabri-la aos fiéis até 2024.
Mais de 700 dias depois de operários se empenharem para escorar os arcobotantes de Notre-Dame, salvar suas janelas de vitrais rosados do século 13 e instalar sensores de movimento, o esforço para tornar o local seguro antes de uma reforma está quase concluído.
Em uma plataforma no telhado, o presidente, usando macacão e capacete de segurança, espiou o transepto danificado da catedral e agradeceu os operários presentes.
“Todos se lembram de onde estavam dois anos atrás, a emoção de todos os católicos, de todos os parisienses e de todo o povo francês”, disse Macron a um grupo de operários tendo ao fundo o horizonte da capital.
“Estamos todos impressionados com o que vemos, com o trabalho que foi feito em dois anos. Bravo, e obrigado.”
Técnicos ainda têm que reforçar algumas das abóbadas mais próximas daquelas que foram destruídas com formas de madeira em arco que são postas no lugar com guindastes, e estender um teto de lona sobre o transepto para proteger o trabalho de reforma assim que este começar.
“A catedral não se mexeu desde o incêndio, está aguentando”, disse Jeremie Patrier-Leitus, porta-voz da entidade pública que supervisiona a reforma.