O entorno político e os advogados do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), criticaram a operação da Polícia Federal nesta quarta (20) que cercou, entre outras pessoas, seu irmão de criação.

A operação vem da investigação que acontece desde 2019, com delação de um envolvido nos supostos esquemas de corrupção que apearam do cargo o então governador Wilson Witzel.

“Causa estranheza e profunda indignação a operação, já que não traz nenhum novo fato à investigação, que acontece desde 2019. As medidas cautelares, executadas quatro anos depois da abertura da investigação, reforçam o que o governador Cláudio Castro vem dizendo há anos, ou seja, que não há nada contra ele, nenhuma prova, e que tudo se resume a uma delação criminosa, de um réu confesso, que vem sendo contestada judicialmente”, informa a sua defesa.

No meio político há uma aposta que a PF e o Ministério Público investiram “fishing expedition” – um bordão usado no meio policial para buscar mais informações numa situação na qual não há provas suficientes que garantam a manutenção da investigação.

“Não há razoabilidade e nem sentido nas buscas e apreensões, tanto tempo depois de iniciadas as investigações”, avisam os advogados de Castro.

“Quanto à quebra do sigilo fiscal e telemático, o governador recebe com tranquilidade a decisão e afirma que todo homem público deve sempre estar à disposição do crivo das instituições”.