A atriz Cássia Kis, de 63 anos, deu uma entrevista para a revista Quem e falou sobre velhice, carreira e isolamento social.

Questionada sobre as rugas , a veterana disse: “Minha avó paterna era húngara. Pele clara, sem colágeno, quase transparente. Lembro daquele tanto de rugas que ela tinha. E eu, hoje, com 63 anos, já estou bem perto disso. Daqui a pouco, meus filhos pegam minha pele e começam a esticar. Estou muito enrugada, mas, do jeito que está, meu rosto tem história para contar. Quando a gente fez ‘Barriga de Aluguel’, no início dos anos 90, eu tinha muitas marcas de expressão. Muito parecida com meu pai. Gosto de saber que a minha cara tem história. Estou doida para deixar o cabelo branco e mais comprido. Achei que fosse conseguir na pandemia, mas há um mês peguei a máquina e raspei. Não estava aguentando mais”.

Kis ainda falou sobre o seu atual trabalho na série Desalma, do GloboPlay. “Sou uma mulher de 63 anos de idade e 41 anos de profissão e é uma delícia ser presenteada com um projeto dessa magnitude, dessa força”, contou.

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A artista concluiu a sabatina falando como está sendo o seu isolamento social devido à pandemia do novo coronavírus. “Não abro mão dessa oportunidade de vivenciar a volta para dentro e a experiência de ter quatro filhos dentro de casa. Um é adolescente, tem 16 anos, mas os outros três já são adultos. Observo as conversas que temos em casa, o fato da minha mãe ter desencarnado nas condições que foi (chora). Desculpe. Realizar essa conversa com você, via internet ,só confirma a importância de lançarmos essa série neste momento. Quero enfiar o pé nesse autoconhecimento. Perder a minha mãe – não a perdi, mas ela ascendeu e fico imaginando onde ela possa estar – me fez refletir sobre o legado dela, a importância dela ter escolhido ter uma filha, o que é a desintegração de uma família, como ficamos amarrados em mágoas. Tem coisas que a gente olha para trás e não caminha, mas é importante deixar para trás pela nossa evolução”.