Processada na Justiça por falas homofóbicas, após ter dito durante uma entrevista que “casais homoafetivos seriam um destruição para a vida humana e ameaçam os seus princípios sobre família”, Cássia Kis, de 64 anos, voltou a dar o que falar. A atriz da Globo alegou estar desempregada e pediu para reduzir o valor da indenização em processo.

Na ação, protocolada pelo Grupo Arco Íris de Cidadania LGBT, os ativistas pedem uma indenização no valor de R$ 250 mil por danos morais coletivos. O advogado Carlos Nicodemos, que representa a entidade, defende que a declaração de Cássia é discriminatória e contraria o entendimento de órgãos nacionais e internacionais sobre direitos da população LGBTQIA+.

A defesa da atriz contestou o pedido, alegando que a fala “não traz qualquer agressão, preconceito, incitação ao ódio, ou discriminação em relação às famílias homoafetivas”. Segundo o advogado da atriz, a declaração apenas reflete os ensinamentos e dogmas religiosos de Kis, que é católica.

“A ré não cometeu nenhum crime, não utilizou um discurso de ódio, discriminatório e ou preconceituoso. A ré é apenas uma cristã que acredita nos conceitos e dogmas da religião católica e quer viver sua vida segundo a doutrina cristã.”

O advogado pede que, caso a Justiça acate o pedido de indenização, que seja reduzido o valor sob o risco de levar a atriz à falência, “impossibilitando sua subsistência e o sustento da sua família”.

“Em caso de procedência do pedido elaborado na exordial, que o valor arbitrado com indenização por danos morais, seja substancialmente reduzido, pelo fato da ré ser uma pessoa física e por estar desempregada no momento.”

Vale ressaltar que Cássia Kis está no ar com a novela “Travessia”, da TV Globo, e recentemente teve seu contrato renovado com a emissora.