O processo de cassação do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ)  deve ficar entre PT e PL, após novo sorteio para a lista tríplice para a relatoria do caso no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. A decisão foi tomada nesta quarta-feira, 17, durante reunião dos parlamentares.

As deputadas Jack Rocha (PT-ES), Rosângela Reis (PL-MG) e o deputado Joseildo Ramos (PT-BA) foram os sorteados na nova lista. A escolha do novo relator ficará a cargo do presidente do Conselho, deputado Leur Lomanto Júnior (União Brasil-BA).

Chiquinho Brazão é acusado de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O crime aconteceu em maio de 2018, no Rio de Janeiro (RJ).

Brazão foi citado na delação premiada de Ronnie Lessa, acusado de atirar na ex-vereadora carioca. Ele nega as acusações.

O parlamentar foi preso no dia 24 de março, após uma operação da Polícia Federal. O seu irmão, o ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão, e o ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa também foram presos.

Na última semana, a Câmara dos Deputados manteve a prisão de Chiquinho Brazão e passou a dar andamento no processo de cassação do parlamentar. Na primeira lista de relatoria, foram sorteados os deputados Bruno Ganem (Podemos-SP), Ricardo Ayres (Republicanos-TO) e Gabriel Mota (Republicanos-RR). No entanto, os três optaram por não assumir a função.

O primeiro justificou sua pré-campanha à prefeitura de Indaiatuba (SP), enquanto Ayres informou que teria acúmulo de processos caso assumisse a relatoria. Ainda não há informações sobre a justificativa do deputado Gabriel Motta.