O carnaval de 2024, que será comemorado entre o sábado, 10, e a terça-feira, 14, já está chegando. Entretanto, casos de Covid-19 e de dengue começaram a aumentar no país durante o início do ano, o que pode prejudicar quem tem interesse em ir à folia. De acordo com a Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo, foi estimado que 4,4 milhões de pessoas circulem pelo território paulista.

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A doença transmitida pelo Aedes aegypti fez com que quatro unidades federativas e a cidade do Rio de Janeiro decretassem estado de emergência e já atingiu o número de 395 mil casos prováveis e 53 mortes registradas apenas em 2024, de acordo com o Ministério da Saúde. Ainda segundo a pasta, outros 281 óbitos relacionados à enfermidade estariam sob investigação.

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), informa que em janeiro deste ano foram confirmados 6.359 casos na cidade de São Paulo, enquanto no mesmo mês de 2023 foram 10.889.

Apenas hospitais da Rede D’Or, que divulgaram os dados em contato com a IstoÉ, contabilizaram nos primeiros 20 dias do ano cerca de 1620 contaminados, um aumento de 795% no número casos de dengue em comparação com o mesmo período em 2023, quando registraram 161 enfermos. As unidades em São Paulo e no Distrito Federal registraram um crescimento maior do que 100%.

De acordo com o Ministério da Saúde, apenas nas primeiras duas semanas do ano foram contabilizados 50 mil casos de Covid-19 em todo o país. No estado de São Paulo, as unidades privadas do hospital Albert Einstein registraram, nas primeiras cinco semanas do ano, 1013 pessoas que testaram positivo para a enfermidade, em comparação com os 707 contaminados observados no mesmo período em 2023.

Prevenção

A folia, entretanto, favorece a aglomeração de pessoas, o que torna maior a facilidade de transmissão de doenças, como a Covid-19. Caso você esteja com algum dos sintomas da enfermidade, procure um serviço de saúde e não compareça às festas de carnaval. Para David Uip, infectologista da Rede D’Or, a principal forma de precaução é a imunização. “Insisto muito nisso. Somente 20% dos brasileiros receberam a primeira dose da vacina bivalente”, explica.

Além disso, o médico recomenda que ao ser diagnosticado com a doença, o enfermo evite o contato próximo com outras pessoas e use máscaras. “Já a dengue é um pouco diferente, pois tem um vetor intermediário, que é o mosquito”, esclarece o especialista, complementando que o método essencial para conter a proliferação do Aedes aegypti é a eliminação dos possíveis criadouros.

Para evitar o contágio, David Uip recomenda que as pessoas não compareçam a locais com maior incidência do mosquito. “Deve-se usar repelentes e, independentemente das altas temperaturas do verão, é preciso usar mangas compridas e calças longas”, conclui o especialista, complementando que alguns medicamentos como anti-inflamatórios e a aspirina são proibidos para quem está com suspeita de dengue.

Repelentes

Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o uso de repelentes é recomendado para evitar picadas do mosquito. O órgão assegura que os produtos podem ser usados por mulheres grávidas desde que estejam devidamente registrados, mas que substâncias à base de DEET não devem ser aplicadas em crianças menores. Em indivíduos que possuem entre dois a 12 anos, só devem ser passados ativos que possuam uma concentração máxima de 10%, restringindo o uso a três vezes ao dia.

Os repelentes mais comuns no Brasil são o Icaridin e o IR 3535. De acordo com a Anvisa, os produtos devem ser aplicados acima de áreas expostas do corpo e por cima das roupas, seguindo as instruções do fabricante. Para passar substâncias em forma de spray, é recomendado que o ativo seja passado primeiro nas mãos e posteriormente no corpo, lembrando sempre de lavar as mãos com água e sabão após uso. Os olhos devem ser lavados imediatamente caso entre em contato com o repelente.

**Estagiário sob supervisão