Uma semana depois de anunciar uma pausa na carreira musical, Wesley Safadão falou sobre a crise de ansiedade que forçou o afastamento dos palcos. Ele afirmou que a situação ficou tão dramática que pensou que não sobreviveria. Em 5 de agosto, eu estava a caminho de um show em Minas e comecei a passar mal dentro do carro. Começou a faltar ar. Tentava respirar e não conseguia: ‘Quero ir pro hospital, acho que tô morrendo'”, contou.

Em entrevista ao Fantástico deste domingo (10), Safadão contou que os problemas já davam sinais há algum tempo, mas ele preferiu ignorá-los.

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A ansiedade passa a ser caracterizada como um transtorno quando prejudica o desenvolvimento de atividades diárias e o bem-estar do indivíduo.

Segundo relatório do Observatório da Atenção Primária à Saúde, plataforma que agrega dados, análises, pesquisas e informações sobre saúde pública no Brasil, o número de internações por transtornos de ansiedade em 2023 é de 1.328 em uma população de 202.099.040 habitantes.

Deste número, 31,6% correspondem ao público masculino e 68,4% ao público feminino.

A ansiedade é considerada um distúrbio quando sentimentos de preocupação, medo ou apreensão excessiva em relação a situações futuras ou eventos são intensos, persistentes e interferem nas atividades diárias de uma pessoa.

Os sintomas emocionais são, em boa parte dos casos, acompanhados por manifestações físicas como tensão muscular, sudorese, batimentos cardíacos acelerados e dificuldade de concentração.

Os sintomas da ansiedade podem variar de pessoa para pessoa, mas existem alguns principais, tais como:

  • Preocupação excessiva e pensamentos negativos frequentes;
  • Inquietação ou sensação de nervosismo constante;
  • Tensão muscular, que pode levar a dores no corpo;
  • Irritabilidade;
  • Dificuldade em concentrar-se;
  • Fadiga ou cansaço excessivo;
  • Batimentos cardíacos acelerados;
  • Respiração rápida ou falta de ar;
  • Sudorese excessiva;
  • Tremores ou sensação de estar “agitado”;
  • Problemas para dormir, como insônia;
  • Sensação de aperto no peito ou desconforto gastrointestinal.

Alguns dos desencadeadores mais comuns, segundo a especialista, são:

  • situações estressantes, como problemas financeiros,
  • problemas no trabalho, relacionamentos conflituosos ou eventos traumáticos;
  • a preocupação excessiva com eventos futuros, como apresentações públicas, exames ou viagens;
  • certas condições médicas, como doenças cardíacas, problemas hormonais e distúrbios do sono;
  • alguns traços de personalidade, como perfeccionismo ou tendência ao pessimismo.

A terapia é parte essencial do tratamento da ansiedade, sendo a terapia cognitivo-comportamental (TCC) uma das mais utilizadas e com ganhos eficazes no ensino de habilidades de enfrentamento e na modificação de padrões de pensamento negativos. O tratamento através de medicamentos não exclui o processo terapêutico, porém complementa em alguns casos.

Algumas mudanças no estilo de vida devem ser pensadas após o diagnóstico, como a adoção de um estilo de vida saudável, que inclui dieta equilibrada, exercícios regulares e sono adequado, além da prática de técnicas de relaxamento, como meditação e ioga.