Não sobrou ninguém na linha sucessória do ministro Silvio Almeida, no Ministério dos Direitos Humanos, caso ele seja demitido por causa das denúncias de assédio sexual reveladas pelo portal Metrópoles. É que duas subordinadas diretas, que seriam suas substitutas naturais, estão na mira também.

O presidente Lula da Silva mandou o chefe da Casa Civil, Rui Costa, resolver a situação. A ministra da Mulher, Aniele Franco, tem uma reunião hoje com Costa. Ela foi citada na reportagem de Guilherme Amado como uma das que sofreram assédio sexual por parte do ministro. O silêncio de Aniele até agora, sem qualquer defesa do colega, indica que a situação de Silvio só piora.

A Coluna apurou que o clima é bem tenso nesta sexta-feira (6) na pasta. Além de Silvio, a secretária-executiva Rita Oliveira e a chefe de Gabinete, Marina Lacerda, são citadas internamente como protagonistas de assédio moral para preservar o ministro – e em casos anteriores no cotidiano.

Lula e Costa querem resolver a situação hoje para evitar que Silvio apareça amanhã na arquibancada presidencial no desfile do 7 de Setembro na Esplanada. Aliás, emissários do Palácio já avisaram ao ministro para ele nem passar perto, caso a situação não se resolva neste fim de semana.