Caso seja reeleito em 2026, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá direito a indicar mais três ministros para o STF (Supremo Tribunal Federal) caso os magistrados atuais deixem a corte no tempo previsto — a Constituição delimita 75 anos de idade para aposentadoria compulsória no cargo.
Neste cenário, o petista terá indicado a maioria dos ministros entre seus primeiros mandatos (de 2003 a 2010) e desde que retornou ao Palácio do Planalto. O próximo mandato presidencial, seja quem for o mandatário, vai de janeiro de 2027 a dezembro de 2030.
Pela previsão de aposentadoria, os próximos ministros a deixar o colegiado serão: Luiz Fux, que completa 75 anos em abril de 2028; Cármen Lúcia, em abril de 2029; e Gilmar Mendes, em dezembro de 2030.
+É fato que Lula depende do STF para governar? Entenda em vídeo
O presidente fez quatro indicações para o STF, em lista que inclui Cármen Lúcia. Com as três indicações previstas em caso de reeleição, Lula terá escolhido seis de seus 11 integrantes. A maioria petista é um dos fatores que mobilizam parlamentares aliados de Jair Bolsonaro (PL) a buscar o Senado para pautar o impeachment dos magistrados.
Quem indicou cada ministro para o STF
- Gilmar Mendes, indicado por Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 2002;
- Cármen Lúcia, indicada por Lula em 2006;
- Dias Toffoli, indicado por Lula em 2009;
- Luiz Fux, indicado por Dilma Rousseff (PT) em 2011;
- Rosa Weber, indicada por Dilma em 2011;
- Luís Roberto Barroso, indicado por Dilma em 2013;
- Edson Fachin, indicado por Dilma em 2015;
- Alexandre de Moraes, indicado por Michel Temer (MDB) em 2017;
- Kassio Nunes Marques, indicado por Jair Bolsonaro (PL) em 2020;
- André Mendonça, indicado por Bolsonaro em 2021;
- Cristiano Zanin, indicado por Lula em 2023;
- Flávio Dino, indicado por Lula em 2023.