A mãe Alexandra Dougokenski, que confessou ter matado o filho Rafael Mateus Winques, de 11 anos, começa a ser julgada nesta segunda-feira (21), em Planalto (RS). De acordo com o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS),  o júri deve se estender por três a cinco dias.

+ PE: Pai é inocentado após passar dois anos preso acusado de matar o filho
+ ES: Justiça inocenta pais acusados de matar o filho de 5 anos
+ RS: Polícia prende mulher acusada de matar o filho de 11 anos
+ Youtuber com milhões de seguidores é preso acusado de lavar dinheiro

Além da ré, serão ouvidas onze testemunhas (uma arrolada somente pelo MP, cinco arroladas por ambas as partes e outras cinco arroladas apenas pela defesa). Rafael Mateus foi morto no dia 15 de maio de 2020 na casa em que Alexandra morava com o menino e outro filho.

Conforme o MPRS, além de homicídio doloso quadruplamente qualificado (motivo torpe, motivo fútil, asfixia, dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima), ela também será julgada por outros três crimes: ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual.

Alexandra está presa desde maio de 2020, quando confessou ter matado o filho. Em depoimento, ela afirmou que deu dois comprimido de Diazepam para que o filho dormisse. Segundo a mãe, ela notou momentos depois que o menino não estava bem. “Ele tava diferente, tava com a boquinha roxa e as mãozinhas geladas. Não lembro a hora certa, era madrugada”, disse.

Ao ser questionada como retirou o corpo da criança do quarto, Alexandra afirmou que amarrou o filho com uma corda para ter mais facilidade em tirá-lo de lá. Ela confessou que escondeu o corpo de Rafael em uma caixa de papelão que estava na garagem do vizinho, a cinco metros da residência dela. De acordo com a mãe do menino, ela não teve a ajuda de ninguém.

A Promotoria, no entanto, acusa Alexandra de usar a corda para sufocar a criança até a morte após os comprimidos de remédio fazerem efeito. A mãe também é acusada de falsidade ideológica, por inserir declaração falsa em documento público.

No dia seguinte a morte do menino, ela registrou boletim de ocorrência, mentiu à polícia dizendo que acordou e percebeu que Rafael não estava, que a cama estava desarrumada e que não sabia o que poderia ter “o motivado a sair de casa sem avisar ninguém”.