Os dirigentes do Sevilla se recusaram a se sentar na tribuna de honra nesta sexta-feira (29) no jogo do Campeonato Espanhol contra o Barcelona por sua “repulsa” ao denominado ‘caso Negreira’, o que fez o Barça “romper todas as relações” com o clube da Andaluzia.

Pouco antes da partida, pela 8ª rodada de LaLiga, o Sevilla emitiu uma nota expressando sua “total indignação e repulsa pelas práticas realizadas pelos ex-dirigentes do Barcelona”.

A justiça espanhola investiga supostos pagamentos do clube catalão a empresas de José María Enríquez Negreira, que foi vice-presidente do Comitê Técnico de Árbitros (CTA) da Espanha durante 25 anos, após uma denúncia do Ministério Público de Barcelona pelo suposto crime de corrupção entre particulares.

Segundo o MP, Negreira teria recebido através de algumas de suas empresas mais de 7,3 milhões de euros (R$ 38,6 milhões na cotação atual) entre 2001 e 2018, ano em que o Barcelona parou de fazer pagamentos, coincidindo a saída do dirigente do CTA.

A justiça espanhola tenta descobrir se estes pagamentos poderiam ter sido usados para tentar influenciar de alguma forma as competições, algo que o Barcelona nega.

O Sevilla, após mostrar respeito à presunção de inocência, afirmou que “rechaça o comportamento do clube ‘blaugrana’ durante os períodos em que os crimes supostamente se consumaram”.

Em protesto pelos últimos desdobramentos do caso, os representantes do clube da Andaluzia não compareceram ao jantar prévio entre as diretorias e não quiseram se sentar na tribuna de honra do estádio Olímpico.

O Barcelona expressou em outro comunicado sua “repulsa diante de um ataque injustificado e impróprio do Sevilla”, lembrando que o caso continua a ser investigado com “fatos que, em nenhum caso, e em nenhuma das suas classificações preliminares e hipotéticas, estão provados”.

“Diante desta posição inadmissível do Sevilla, o Barcelona dá como rompidas todas as relações com a instituição ‘sevillisa’, a não ser que retifique a sua posição atual”, concluiu o Barça.

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