A atriz Dani Calabresa, 41 anos, usou a sua conta no Instagram, nesta quarta-feira (09), para comentar o arquivamento de sua denúncia contra Marcius Melhem, 51, por assédio e importunação sexual.

O ex-chefe do Núcleo de Humor da Globo virou réu por assédio sexual contra três vítimas, na última terça-feira (8), mas o caso da humorista foi arquivado.

De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro, a investigação que tinha a atriz e outras cinco mulheres como vítimas foi arquivada “em razão da prescrição punitiva dos fatos”.

Agora, Melhem está envolvido em caso que corre em segredo de Justiça por requerimento do MP. Por isso, não há mais informações sobre o processo.

Ao comentar as decisões, Calabresa declarou que o acusado se tornar réu é um reconhecimento de seriedade da Justiça.

“A decisão do Ministério Público de denunciar meu ex chefe por assédio sexual é um reconhecimento da seriedade das acusações apresentadas pelas vítimas. Um segundo reconhecimento, porque a TV Globo já havia demitido-o por conduta inadequada após eu levar o caso ao compliance da emissora no início de 2020”, escreveu ela em publicação no Feed.

Dani lamentou, ainda, que seu caso e de outras mulheres tenham sido arquivados, mas reconheceu os motivos.

“É uma pena que alguns casos tenham sido arquivados porque os crimes já prescreveram. No meu caso, eram duas acusações: uma, de assédio sexual e outra de importunação sexual, que é um crime ainda mais grave. Só que a importunação aconteceu em 2017, e isso só passou a ser oficialmente um crime em 2018. E o assédio infelizmente também já prescreveu.”, disse ela.

A humorista também falou que o arquivamento das denúncias sempre foi a intenção de Melhem ao atacar a reputação das vítimas.

“Foi por isso, para ganhar tempo e apostar na prescrição, que o assediador passou os últimos anos atacando a reputação de suas vítimas”, desabafou ela, que reafirmou confiar na Justiça.

Caso Melhem

O ex-chefe do Núcleo de Humor da Globo Marcius Melhem passou a ser investigado em dezembro de 2019, quando Dani Calabresa e outras sete mulheres fizeram denúncia, na própria emissora, como “assediador”.

A investigação interna da empresa foi arquivada em janeiro de 2022. 

Em março de 2020, ele foi afastado do cargo que ocupava.

Cinco meses depois, a emissora o demitiu, porém sob a alegação de comum acordo, sem mencionar os casos de assédio.

Em julho de 2021, o Ministério Público encaminhou denúncia criminal à Deam (Delegacia Especial de Atendimento à Mulher no Rio de Janeiro), que instaurou inquérito.