O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) quer que o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, seja levado a júri popular pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, no dia 14 de março de 2018.

O órgão informou, por meio de nota, que a solicitação foi realizada por meio da Força-Tarefa do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado durante a apresentação das alegações finais da ação penal.

Nas conclusões do parecer, além do julgamento, os promotores Eduardo Morais Martins e Mario Jessen Lavareda pedem que o ex-bombeiro seja pronunciado por homicídio duplamente qualificado contra Mariellle e Anderson, e por tentativa de homicídio duplamente qualificado contra Fernanda Chaves, assessora da vereadora que estava no veículo no momento do crime.

Os promotores ainda pedem que Maxwell seja julgado por receptação ao veículo Cobalt, usado para os assassinatos, e a manutenção da prisão preventiva dele em presídio federal de segurança máxima.

No dia 24 de julho de 2023, Suel foi preso sob a acusação de ter participado das campanas que monitoravam a vereadora. Além disso, ele foi citado na deleção do ex-policial militar Élcio de Queiroz, que encontra-se detido por participação no crime.

O ex-bombeiro nega as acusações e desmente as informações prestadas por Élcio de Queiroz.

De acordo com o MPRJ, Maxwell e o ex-policial militar Ronnie Lessa lideravam o esquema criminoso. Os dois estão presos, pois são acusados de participação nos assassinatos.

Relembre o caso

A vereadora e o motorista dela foram assassinados a tiros na noite de 14 de março de 2018, quando retornavam de um evento realizado no centro do Rio de Janeiro.

Os assassinatos de Marielle e Anderson Gomes eram investigados pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Porém, em fevereiro de 2023, o então ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou que a PF abrisse um inquérito sobre o caso, com o objetivo de ampliar a colaboração nas apurações.

Ronnie Lessa é apontado como o principal suspeito de autoria do crime. Isso ocorreu após a delação premiada Élcio de Queiroz, na qual teria confessado que foi o responsável por dirigir o carro que perseguiu o veículo da vereadora. Ele ainda destacou que o ex-sargento efetuou os disparos e revelou que a motivação era pessoal.

*Com informações da Agência Brasil