O dono de um ferro-velho Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como “Orelha”, foi o primeiro condenado pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, no dia 14 de março de 2018, no centro do Rio de Janeiro. Ele recebeu a sentença de cinco anos de prisão por se livrar do carro usado no atentado.

Segundo o “Metrópoles”, o juiz Renan de Freitas Ongaratto, da 39ª Vara Criminal, foi o responsável pela condenação. Conforme as investigações, Edilson dificultou e atrapalhou as apurações sobre o caso ao destruir o carro usado nos assassinatos em um desmanche, localizado no Morro da Penha, zona norte do Rio de Janeiro, depois de ter sido procurado pelo ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa – preso por suposta participação no crime.

Para o magistrado, Edilson “tinha consciência da gravidade das infrações penais que estavam sendo investigadas”, e destacou que ele sabia da importância social da resolução rápida do caso. “Todos os jornais, redes sociais e demais veículos midiáticos noticiavam o ocorrido, sua gravidade e possíveis repercussões”, completou.

O site IstoÉ entrou em contato com o STJ-RJ (Superior Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) para obter mais informações sobre a condenação, mas não houve respostas até o momento.

Relembre o caso

Quando retornava de um encontro de mulheres negras na Lapa, centro do Rio de Janeiro, o carro em que Marielle estava foi alvejado. A vereadora e o motorista morreram. A assessora parlamentar Fernanda Chaves se feriu com os estilhaços.

A partir desse momento, deu início a uma investigação complexa, envolvendo várias instâncias policiais. Somente seis anos depois, em 2024, o caso teve um desfecho: a prisão dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Elcio Queiroz sob suspeita de cometerem os assassinatos, dos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, como supostos mandantes do crime, e do delegado Rivaldo Barbosa.