A Justiça do Rio de Janeiro recebeu nesta quinta-feira, 4, mais duas denúncias contra os acusados pela morte da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes. Presos desde o dia 12 de março, o sargento reformado Ronnie Lessa e o ex-policial militar Élcio Queiroz já respondiam por duplo homicídio triplamente qualificado. Agora, Lessa vai responder também pelo crime de comércio ilegal de arma de fogo e Queiroz por posse ilegal de arma de uso restrito.

O novo processo contra Lessa, apontado pelo Ministério Público como o autor dos disparos contra a vereadora, é resultado da apreensão de 117 componentes de fuzil, acessórios como miras e supressores de ruído, além de mais de 360 munições e uma arma calibre 22 na casa de Alexandre Motta de Souza, amigo do sargento reformado. Ao ser interrogado, Lessa admitiu que o material era dele. Souza, que cumpre prisão preventiva, passa a ser réu na mesma ação que Lessa. O processo contra os dois vai tramitar na 40ª Vara Criminal do Rio.

Já a denúncia contra Queiroz foi distribuída para a 32ª Vara Criminal do Rio. Durante a operação policial em que ele foi preso, em 12 de março, a polícia encontrou, dentro do armário do quarto da casa dele, uma pistola Glock calibre ponto 380, com cinco carregadores e 46 munições, e uma pistola Taurus calibre ponto 40 com três carregadores e 72 munições, de uso proibido ou restrito.

Segundo a denúncia, no carro usado por Queiroz no momento da prisão (um Renault Logan prata), foram encontradas, embaixo do banco do carona, oito munições de fuzil calibre ponto 556, embaladas em saco plástico, também de uso proibido ou restrito.

Lessa e Queiroz estão presos no presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, para onde foram transferidos em 28 de março. Antes estavam na penitenciária de Bangu 1, na zona oeste do Rio de Janeiro.

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