O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) disse ao site Universa, do UOL, na noite desta quarta-feira (4) que não afirma que a influencer Mariana Ferrer esteja mentindo quando acusa o empresário André Aranha de tê-la estuprado, porém não há como comprovar o crime.

Além disso, a reportagem aponta que não foi concedida a quebra do sigilo do processo, fazendo com que o vídeo da audiência não possa ser divulgado na íntegra, como foi requerido pelo MP na manhã desta quarta.

De acordo com o órgão, o vídeo foi editado de forma que os trechos em que o promotor e o juiz interferem contra excessos praticados pelo advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho são suprimidos, dando a impressão de que a vítima foi humilhada sem nenhum tipo de interferência.

Segundo o MPSC, as intervenções a favor da vítima foram feitas, mas não foram exibidas pelo vídeo divulgado na terça (3).

Para que o crime de estupro de vulnerável fosse comprovado, segundo o MPSC, o acusado teria que ter percebido a vulnerabilidade da vítima e se aproveitado da situação, mas as provas levantadas não foram suficientes para provar que a vítima disse não ao ato sexual, se é que ele existiu, diz o MP.

O órgão ainda informou que foram ouvidas testemunhas e feitos exames para que a história da influencer fosse comprovada, entretanto Mariana relatou, durante o processo, que não se lembrava exatamente do que aconteceu e que apenas retomou consciência mais tarde, tornando-se impossível afirmar se houve ato sexual e também se houve ou não consentimento da parte dela.

O MPSC afirma que a denúncia foi recebida e qualificada como estupro de vulnerável e que, por isso, o processo avençou na Justiça dessa forma.