O tribunal superior de Michigan rejeitou, nesta sexta-feira (17), um recurso do médico esportivo Larry Nassar. Ex-médico da seleção norte-americana de ginástica, ele foi condenado a décadas de prisão após atletas e ex-atletas denunciarem os abusos cometidos pelo profissional. Entre as vítimas está a estrela da modalidade Simone Biles.

Na tentativa de reverter a decisão, a defesa de Nassar alegou que seu cliente foi tratado de forma injusta durante o julgamento. Os advogados usaram termos nos quais a corte se referiu ao médico como “monstro” e que “definharia” na prisão.

Na ocasião, a juíza do condado de Ingham, responsável pela decisão, Rosemarie Aquilina, disse para Nassar ao anunciar o seu veredito: “Acabei de assinar sua sentença de morte”.

O tribunal se posicionou e disse que considera o caso de Nassar como uma “questão encerrada”.

“Nós nos recusamos a gastar recursos judiciais adicionais e sujeitar ainda mais as vítimas neste caso a traumas adicionais, onde as questões em questão não apresentam nada mais do que um exercício acadêmico”, disse o tribunal.

Ao todo, mais de 150 vítimas do médico prestaram depoimento durante o julgamento de Nassar. O ex-médico confessou ter abusado sexualmente de atletas de ambos os gêneros, enquanto trabalhou na Universidade Estadual de Michigan e na seleção norte-americana de ginástica.

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Posteriormente ao julgamento de centenas de vítimas, no qual foi condenado, Nassar recebeu outros 40 anos de sentença por outro caso de abuso.

Atualmente, Larry está preso em uma penitenciária federal. Aos 58 anos, o médico deve passar o resto da vida no regime fechado.

Apesar da condenação, atletas como Simone Biles foram além e pediram ao governo federal um indenização coletiva no valor de US$ 1 bilhão. O motivo é que o FBI não teria agido quando tomou conhecimento das denúncias contra o médico em 2015. Nassar foi detido somente um ano depois.

Além do governo, a Universidade de Michigan também foi acusada de não coibir a prática do médico. A instituição concordou em pagar US$ 500 milhões para mais de 300 mulheres e meninas que sofreram abusos. A seleção norte-americana e o Comitê Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos também fecharam um acordo de US$ 380 milhões.

 


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