A polêmica traição envolvendo Marcelo Courrege e Carol Barcellos, jornalistas de esporte da TV Globo, deixou muita gente chocada. No último domingo, 11, eles anunciaram que estão namorando. O novo casal surgiu junto na primeira noite de desfiles do Grupo Especial das escolas de samba do Rio de Janeiro.

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O motivo do espanto é pelo fato de Courrege ter sido casado com Renata Heilborn, que também é jornalista da Globo, e Carol Barcellos, sua atual, ter sido madrinha de casamento do ex-casal. Marcelo e Renata eram casados desde 2014, mas a relação chegou ao fim no ano passado.

Renata Heilborn confirma traição

Em um longo desabafo nos Stories do Instagram, Renata revelou ter sido traída pelo ex-marido e a melhor amiga. Leia abaixo na íntegra!

“Essa é a primeira e última vez que vou me pronunciar sobre as notícias que estão saindo nas mídias (e, infelizmente, com muitas informações falsas). Estamos no meio do carnaval e eu tô me divertindo. Aliás, façam o mesmo! Só aceito encontrar vocês na rua cheios de purpurina. Mas vamos lá.

Fui casada durante 10 anos – no total foram 12 anos de relacionamento. Primeiro ponto: meu casamento não era aberto. Que isso fique muito claro. Segundo: descobri da pior forma possível que meu ex-marido tinha um caso com uma amiga minha – madrinha do meu casamento. Casamento, aliás, que não era perfeito. Longe disso.

Já estávamos em crise, e eu mesma já havia pedido a separação um ano antes de isso tudo acontecer. Depois que eu descobri, numa manhã de sexta-feira, saí de casa, e ele foi morar na casa dela e viver sua ‘paixão’. Eu demorei pra ficar bem, pra me refazer da decepção. De imediato, comecei a me culpar porque abri minha intimidade para uma pessoa que julgava ser minha amiga. A traição de um amigo abre um buraco muito mais profundo. Mas não era uma opção parar de viver. Eu não merecia isso.

Cada um dá o que tem. E tem gente que não tem nada pra dar. Que é vazia, com caráter frágil. Perdi o medo, o trauma ficou e hoje eu só agradeço. Como todo mundo que esbarra comigo diz: ‘foi livramento’. Foi, sim. Daqueles enormes. E hoje eu só agradeço”, escreveu ela no texto.

Procurado pela IstoÉ Gente, o psicólogo Alexander Bez, que é especialista em relacionamentos pela universidade de Miami, ansiedade e síndrome do pânico pela Universidade da Califórnia, e em saúde mental, fez uma análise e explica se o fato de ser traído por um amigo dói mais. Confira!

“Esse tipo de traição afeta profundamente a pessoa traída, como se fosse pré-planejado entre os dois traidores desde o início, mesmo que essa não tenha sido a intenção inicial. Casos em que há uma proximidade social da mulher traída com a (futura) amante, e (futura) atual, são ecoados na mente da pessoa que foi ou está sendo enganada com muito mais dor, desenvolvendo conflitos e traumas maiores do que trair com uma desconhecida”, começa o profissional.

“A quebra da confiança será muito maior e o processo de recuperação será mais demorado e complicado de realizar. A traição é definitivamente a pior coisa que pode acontecer em uma relação. É o fim de um sonho. Vale lembrar que qualquer pessoa madura e intelectualmente formada sabe que as relações não são fáceis e a vida a dois envolve um grau de complexidade muito alto”.

Dupla traição

Ao haver uma dupla traição como essa, a quebra de confiança é muito pior, ampliando-se também aos amigos e, assim, amplifica-se uma desconfiança generalizada, tornando o convívio social também conflituoso, pois a pessoa pode passar a não confiar em mais ninguém do seu círculo íntimo. Daí ao pânico é um pulo.

Esse tipo de traição é duplamente cruel, pois estabelece um conluio que se iniciou nos meandros dos desejos mais perversos inconscientes, prevalecendo escondida (embora praticada) a traição. Psicologicamente falando, as traições sempre são negativas para a pessoa traída, revelando também uma enorme falta de caráter e uma carência total de consciência.

Ao haver uma dupla traição, principalmente a amiga que traiu, sentimentos de inveja, egoísmo, raiva (pela vítima ter aquele parceiro), desejo em ter o que a outra conjugalmente tinha, prazer na pré-sedução, na pré-etapa de traição são características mentais funcionais.

Em outras palavras, há uma associação a dois, constituída por uma específica perversidade sexual. São questões do inconsciente que se tornam impossíveis de afirmar quando começaram, mas que se houvesse por parte de ambos uma personalidade saudável, terminaria antes a relação com a mulher atual e começaria com a que era também a atual (a amante) mas camuflada socialmente.

Insegurança psicológica

Além da infidelidade conjugal, há a infidelidade social, compondo o conceito de dupla-traição, provocando uma enorme insegurança psicológica na vida da mulher traída, aumentando através do estresse provocado: a ansiedade, a depressão e outros transtornos mentais. Mata-se, não só um sonho, mas também a sexualidade da mulher traída, explicando inconscientemente.